ACUSADOS DE ASSASSINAR VIGIA NO SÍTIO CAPIM GRANDE SÃO CONDENADOS. RÉUS VÃO CUMPRIR PENAS DE 18 E 20 ANOS

(Rodolfo e Júnior: penas de 18 e 20 anos)

Foram condenados na tarde desta quinta-feira (16/05), em Júri popular no Fórum Afonso Campos em Campina Grande, Rodolfo Araújo Melo Santos e Júnior da Silva Ramos.

O Júri entendeu que eles são os assassinos do vigia Severino Gomes Barbosa.

Três adolescentes também participaram do homicídio.

A pena de Rodolfo é de 20 anos de reclusão (pelo menos oito, em regime fechado) e a condenação de Júnior é de 18 anos (sete anos e dois meses em regime fechado). Os dois são réus primários.

O crime aconteceu em abril do ano passado no Sítio Capim Grande, município de Campina Grande.

O julgamento, presidido pelo Juiz Alberto Quaresma, começou ontem às nove horas e foi suspenso às sete horas da noite, sendo retomado na manhã desta quinta-feira e se encerrando por volta das 14h.

(Julgamento no Fórum: 15 horas de expectativa)

Os advogados Paulo Tarso Medeiros e Evandro Lima atuaram na defesa dos réus. Na acusação o promotor Osvaldo Lopes e na assistência o advogado Fagner Dias. O motivo da morte seria uma dívida de “oito mil reais” que Rodolfo contraiu com a vítima. Severino queria receber o dinheiro e acabou sendo assassinado.

Segundo investigações da polícia, Rodolfo teria se unido a Júnior e juntamente com mais três adolescentes cometido o crime que chocou a comunidade Capim Grande.

Paulo de Tarso Medeiros (advogado de Rodolfo) e Evandro Lima (advogado de Júnior) defenderam a tese de negativa de autoria.

O CRIME

O corpo do vigia Severino Gomes Barbosa de 46 anos, foi encontrado pelo filho dentro de uma sala de aula na escola municipal Professor Luiz Gil onde ele trabalhava .

(Severino Gomes: morte brutal no local de trabalho) 

O Delegado de Homicídios, Francisco de Assis Silva, que na época esteve no local do crime e descreveu a cena como chocante.

A cabeça estava envolta com fita adesiva, as mãos e os pés amarrados com cordas e o pescoço apresentava um profundo golpe de faca peixeira.

Além disso, os assassinos que entraram escalando um muro na lateral da escola retiraram gasolina da moto da vítima e queimaram parcialmente o corpo. Severino foi torturado e não teve chance de se defender.