O julgamento de Rodolfo Araújo Melo Santos e Júnior da Silva Ramos
acusados no assassinato do vigia Severino Gomes Barbosa, ocorrido no Sítio
Capim Grande, zona rural de Campina Grande em abril do ano passado foi suspenso
após “dez cansativas, ansiosas e reveladoras horas”.
O júri que começou às 09h desta quarta-feira e se estendeu até às
19h, prossegue na manhã desta quinta-feira (16/05).
Rodolfo está sendo defendido pelo advogado Paulo de Tarso Medeiros
e Junior Ramos, pelo advogado Evandro Lima.
Auxilia na acusação o advogado Fagner Dias.
Os jurados foram recolhidos para um hotel da cidade, não podem se
comunicar entre eles, nem podem ter contato com familiares, nem acesso a
celulares e outras restrições.
(Severino Gomes: morte brutal em 2012)
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ENTENDA O CASO
O crime aconteceu durante a madrugada do dia 18 de abril/2012 no
interior da Escola Municipal Professor Luís Gil na comunidade “Capim Grande”,
Zona Rural de Campina Grande, onde a vítima trabalhava.
O corpo do vigia Severino Gomes Barbosa de 46 anos, foi encontrado
pelo filho dele por volta “das seis e meia da manhã” dentro de uma sala de aula.
O Delegado de Homicídios, Francisco de Assis Silva, que esteve no
local descreveu a cena como chocante e inimaginável: “A cabeça estava envolta com fita
adesiva, as mãos e os pés amarrados com cordas e o pescoço apresentava um
profundo golpe de faca peixeira. Além disso, os assassinos que entraram
escalando um muro na lateral da escola retiraram gasolina da moto da vítima e
queimaram parcialmente o corpo. Severino foi torturado de maneira impiedosa. Em
nenhum momento teve chance de se defender”.
Nada da vítima foi roubado
Em um quadro da sala de aula os assassinos escreveram ofensas à
polícia e outra frase fazia referência ao não pagamento de droga: “pague o
que deve; morreu por que não pagou droga”.
Em junho do ano passado a Delegacia de Homicídios de Campina
Grande, prendeu Junior da Silva Ramos e Rodolfo Araújo Melo Santos. De acordo
com a Polícia, antes da prisão, um deles chegou a desafiar os policiais a
prendê-lo.
Três menores que teriam participado do crime foram apreendidos,
mas só dois estão no Lar do Garoto em Lagoa Seca.
O motivo do crime seria uma dívida de “oito mil reais” que um dos
réus teria com a vítima. Severino queria receber o dinheiro e por isso foi
assassinado onde trabalhava.
Outra “situação” seria uma dívida de droga que Severino contraiu
com um dos acusados. Como não pagou, acabou morto.
Familiares dele garantem que isso não tem fundamento algum.
Já familiares e a defesa de Rodolfo, por exemplo, garantem que ele
foi confundido com “outro Rodolfo” que também mora no Capim Grande.
Familiares da vítima e a promotoria acreditam que todos os
acusados são culpados do crime.
Nesta quinta-feira sai o veredito!
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