A justiça de Campina Grande, no Agreste da Paraíba, decidiu
absolver dez policiais militares que estavam sendo acusados dos crimes de
tortura e assassinato. O processo vinha sendo analisado desde 2010 e a decisão
de inocentar os PMs foi dada em audiência, através de sentença absolutória. O
julgamento dos policiais envolvidos no caso foi feito pela juíza Andréa Carla
Mendes Nunes Galdino, da 4ª Vara Criminal de Campina Grande, a partir da
análise da denúncia feita pelo Ministério Público e dos relatos das testemunhas
e dos acusados.
O alvo das investigações foi um grupo de PMs, que no ano de 2010,
atuavam no Grupamento de Rondas Motorizadas (ROTAM) do 2º Batalhão de Polícia
Militar da Paraíba.
Todo grupo foi inocentado, depois que a juíza avaliou os relatos e
as provas no processo e, assim, julgou improcedente a acusação de tortura que
acabou na morte do desempregado Fernando Guedes Farias, na época tinha 26 anos.
Em sua decisão, a magistrada conclui que as provas usadas para
acusar os oficiais foram escassas. “A insuficiência do conjunto probatório,
inapto a apontar, de forma contundente, serem os réus autores do delito de tortura,
impõe-se a absolvição dos denunciados como forma mais cristalina do princípio
do in dubio pro reo” destacou.
A defesa dos policiais foi construída e acompanhada pelos
advogados campinenses Gustavo Moreira e André Figueiredo.
Eles atuaram de forma conjunta para comprovar que não existiam
evidências que pudessem apontar os PMs como autores da agressão que resultou na
morte da vítima. “Nossos
clientes estavam trabalhando, a missão naquele dia era de justamente cuidar da
segurança das ruas no entorno do Parque do Povo, na ocasião que acontecia em
Campina Grande o Maior São do Mundo. Quando chegaram ao local, já existia a
ocorrência em curso. Nenhuma das provas apresentadas teve rigidez suficiente
para confirmar a autoria do delito por parte dos militares. Além das provas, os
depoimentos das testemunhas foram bastante claros, quando elas confessaram, em
juízo, que em nenhum momento flagraram a vítima sendo agredida pelos
policiais”, comentou Gustavo
Moreira.
(Advogados André e Gustavo na defesa dos militares)
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André Figueiredo também comemorou a decisão final da justiça. Ele
classificou o resultado como justo e ideal. “Os
agentes da lei estavam no cumprimento do seu dever legal que era defender a
sociedade. O ideal da justiça foi realizado. Neste caso, ganha a sociedade e
toda a Polícia Militar da Paraíba. De parabéns estão todos os membros, que
sempre aguerridos, respeitaram, mas não se curvaram ao ‘gume afiado da espada
acusatória’, que por várias vezes, tenta inverter as posições da polícia e do
bandido”, declarou o advogado.
ENTENDA O CASO –
O caso ocorreu por volta das 04h30 da manha do dia 28 de junho de
2010, no cruzamento das ruas Irineu Jóffily e 13 de maio, no Centro de Campina
Grande. O desempregado Fernando Guedes Farias, que na época tinha 26 anos e
residia no bairro do José Pinheiro, foi espancado até a morte em um tumulto
ocorrido na Praça Clementino Procópio.
Segundo seus próprios familiares, Fernando saiu de casa por volta
das 22h do dia anterior, na companhia de mais quatro amigos, todos moradores do
bairro de José Pinheiro. O grupo tinha como destino o Parque do Povo, onde
passaram toda a madrugada participando dos festejos juninos.
Por volta das 4h, os cinco colegas retornavam para casa, quando
teria começado o tumulto após a abordagem dos policiais.
Na ocasião, a primeira informação divulgada pelo Centro de
Operações Policiais (Copom) confirmava que Fernando estaria, em companhia dos
amigos, praticando assaltos no local e foi agredido pelas próprias vítimas.
A família do jovem questionou essa versão, mas nunca apresentou
provas que pudessem desmerecer o trabalho dos agentes. O então comandante do 2º
BPM, coronel Marcus Marconi, também chegou a dar declarações na imprensa de
Campina Grande, em defesa dos agentes da lei.
(Por: MAXX Assessoria de Imprensa/blogdomarciorangel)
AGORA TA CERTO, SAO MESMO INOCENTES
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