A tradicional empresa APEL – Aplicações Eletrônicas, localizada na Avenida
Assis Chateaubriand, no Distrito Industrial de Campina Grande, vai fechar as
portas. A notícia foi confirmada ao Blog Carlos Magno por funcionários que,
nesta sexta-feira (19) foram comunicados da decisão, e depois confirmada
através de contados com outras pessoas ligadas à empresa.
Segundo o relato, um dos diretores da empresa reuniu os
funcionários na sexta-feira, no final do expediente, e comunicou que a APEL
estava entrando em um processo de falência. Após anunciar a decisão, o direto
orientou os funcionários a procurar o sindicato da categoria, para agilizar os
processos de desligamento.
Na verdade, o processo de falência funciona da seguinte forma: a
empresa não decreta falência. Os seus credores pedem a falência dela e um juiz
vai decidir se concede a falência ou não. Hoje é chamada de “recuperação
judicial” e tem uma fase inicial que antes se chamava “concordata” em que a
própria empresa pedia um tempo aos fornecedores para pagar as dívidas. Então,
usando a designação antiga, temos a concordata e depois a falência.
Na concordata, a empresa diz para os credores que não tem
condições de saldar seus compromissos, precisando de um prazo para tal. Um juiz
decide se a concordatária é honesta e está passando dificuldades e concede esse
prazo. Aí os credores renegociam com a empresa. Depois que a empresa volta a
respirar, ela funciona normalmente. Quando a empresa entra em concordata não
pode atrasar a dívida renegociada. Se atrasar, os credores pedem a falência.
Sobre a APEL - A notícia pegou a todos de surpresa, pois a APEL
sempre teve uma imagem de empresa consolidada na cidade. Segundo o site da
empresa na internet, a APEL - Aplicações Eletrônicas é uma empresa do Nordeste
do Brasil que surgiu para preencher a lacuna existente entre a comunidade universitária,
principalmente pesquisadores, e o mercado consumidor. Fundada em 1975, teve
como marco inicial a difusão de música ambiente através de linhas telefônicas
(Sistema Mousike), projeto que foi amplamente utilizado em todo o país, ficando
conhecido como “o som das telefônicas”.
Sempre empregando e desenvolvendo soluções de alto nível, a APEL
vem absorvendo tecnologias e desenvolvendo avançados sistemas eletrônicos para
diversas aplicações nas áreas de processamento de áudio, radiodifusão,
sonorização, além de sistemas de comunicação audiovisuais para estações de
metrô, aeroportos e ambientes corporativos de um modo geral , se destaca com a
sonorização de trens urbanos e estações metroferroviárias, tendo sonorizado as
principais estações de trens e metrô do Brasil a exemplo do METRÔ de São Paulo
e Rio de Janeiro, Cia. Paulista de Trens Metropolitanos e a Cia. Brasileira de
Trens Urbanos, mantendo o título de líder do mercado nacional neste setor.
Também possui diversas soluções de Sistemas de Informação ao
Usuário (painéis eletrônicos integrados a sonorização e através da rede de
informática) passando a atender um novo nicho de clientes como Aeroportos,
shopping centers, auditórios, clínicas, igrejas, hospitais, hotéis e etc.
Dentre seus clientes destacam-se grandes empresas nacionais e
multinacionais.Atualmente ampliou a sua atuação firmando uma parceria com a
Companhia Japonesa TOA, líder mundial em equipamentos de Sonorização
Profissional, Informação, Comunicação e Segurança de forma a oferecer avançadas
soluções em sistemas de Informação ao Público.
(Blog do Carlos Magno)
É lamentável ver uma empresa como a APEL nesse estado.
ResponderExcluirIsto é fruto da falta de investimento do governo brasileiro, em tecnologia e educação. Em políticas de desenvolvimento do setor industrial.
Empresas como a APEL estão ilhadas num mar de ignorantes, tentando fazer mágica para sobreviver, pois não há um ecosistema favorável para o desenvolvimento sustentável de atividades de tecnologia no país.
No brasil, só resta a produção agrícola. Para nós só resta comer e CAXXX