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A polícia encontrou cartas com pedidos de
desculpas à filha, assinadas pelo homem preso na segunda-feira (11/11),
suspeito de estuprá-la.
Ainda de acordo com a delegada da
Infância Ana Gadelha, mais uma vítima dos abusos foi identificada, uma amiga da
filha.
Ele foi detido no local de trabalho, no Centro
de Campina Grande, por policiais da Delegacia de Repressão a Crimes contra a
Infância e a Juventude e do Grupo Tático Especial.
Segundo a delegada, foram recolhidas na casa dele, no bairro das
Malvinas, cartas onde o suspeito pede perdão à filha.
Também por mandado de busca e apreensão a polícia encontrou cerca
de 500 comprimidos de úlcera que podem provocar aborto e de um medicamento para
disfunção erétil proibido no país.
Os crimes teriam sido praticados entre os sete e os 14 anos da
vítima, hoje com 18 anos.
A amiga também teria sofrido violência no mesmo período,
atualmente com 17 anos de idade.
Os crimes só foram descobertos após denúncia em setembro.
As duas foram submetidas a exame de conjunção carnal.
"Ela nunca tinha contado para ninguém. Começou um
relacionamento e o namorado percebeu que ela era traumatizada, então ela acabou
se abrindo e contando para ele e a mãe dela. Existia relato de um possível
vídeo entre ele e uma amiga dela, mas não encontramos. Entretanto, já estão
anexadas no inquérito essas cartas onde ele pede perdão por um pecado que
cometeu contra ela, pelo trauma que provocou nela", disse a delegada Ana Gadelha.
Em depoimento, o suspeito negou os crimes.
"Ele foi ouvido, negou tudo. Disse que não conhecia sequer a
amiga da filha, que também foi abusada. Mas no inquérito temos fotografias
deles dois juntos", explicou a delegada.
O homem foi autuado no artigo 273 do Código Penal, que versa sobre
corrupção e venda de substância medicinal e prevê uma pena de 10 a 15 anos de
reclusão, "além da
acusação de estupro, cuja pena vai de seis a 10 anos", informou o
delegado seccional Iasley Almeida.
O preso foi encaminhado na tarde desta terça-feira (12) para o
Presídio do “Serrotão”.
(g1pb)
* Para evitar exposição das vítimas, a Policia Civil não revelou o
nome do homem preso.
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