Pesquisa feita com dois mil moradores de 63 favelas brasileiras
mostra que a classe média dobrou de tamanho nas comunidades na última década, a
exemplo do crescimento que aconteceu no País como um todo.
A média salarial é de “910,00 reais” e metade das casas tem TV de
plasma ou de LCD, computador e micro-ondas.
Segundo o Instituto Data
Popular, que aplicou os questionários, o objetivo é tirar da invisibilidade
uma camada da população que tem muitas demandas e grande potencial de consumo.
As perguntas foram elaboradas com a ajuda de moradores e foram
direcionadas a hábitos de consumo, nível cultural e serviços públicos.
Dados do IBGE embasaram o estudo.
Os dados mostram que 59% dos habitantes de favelas não têm conta
corrente e 65% não possuem cartão de crédito.
Práticas informais, como o pagamento fiado, persistem.
A divulgação foi nesta segunda-feira (04/11), no lançamento do Data Favela, instituto de
pesquisa criado pelo Data
Popular, de Renato Meirelles, e a Central Única das Favelas, ONG fundada
por Celso Athayde.
O Data Popular tem o intuito de identificar
oportunidades de negócio nas comunidades.
Dos jovens, 65% já foram revistados pela polícia, o que dá a medida do preconceito contra quem mora nas
comunidades.
Em relação ao nível educacional e cultural, a pesquisa mostrou que
mais de um terço das casas não tem um livro sequer, e que a média de
escolaridade dos moradores é de apenas seis anos.
(Roberta Pennafort de O Estado de São
Paulo)
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