(Danilo: "A
vítima tem o endereço exposto")
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Como se não bastasse à tortura, a humilhação, o roubo e a violência
vividos pelas vítimas de invasões de casas, agora vem outro tipo de
constrangimento: familiares de acusados procuram vítimas para “ajudar” ou
“aliviar a barra”.
A denúncia em tom de preocupação e decepção foi exposta no
facebook pelo delegado Danilo Orengo, da Delegacia de Homicídios em
Campina Grande.
Ele relatou que foi procurado por uma mulher que, por sua vez,
teria sido procurada por familiares de um acusado de invadir a casa dela.
A preocupação do delegado diz respeito ao fato de que os parentes
do acusado tiveram acesso ao endereço de uma pessoa submetida ao crime.
Questionou Danilo Orengo no facebook:
“Até quando vamos disponibilizar o nome das vítimas,
principalmente o seu endereço, dentro do Inquérito Policial ou do flagrante
delito, nos crime contra o patrimônio? Hoje fui procurado por uma vítima de
assalto na cidade de Campina Grande e ela me noticiou que os pais do autuado
(hoje presidiário) a teria procurado com o intuito de ajudar o filho
deles na audiência”.
E continua o delegado:
“A vítima tem o seu endereço exposto e qualquer pessoa que tenha
acesso aos autos, poderá se certificar do seu nome completo e endereço. É uma
exposição desnecessária. Sabemos que o Código Penal prevê condutas típicas
sobre os fatos, tais como o constrangimento ilegal e a coação no curso do
processo. Mas a situação dos pais do criminoso era tão delicada e sensível, por
se tratarem de pessoas honestas e trabalhadoras, que a pessoa nem sequer queria
impulsionar qualquer procedimento. Afirmou que queria apenas um conselho. Logo
após, afirmei que ela retratasse a verdade e quem cometeu o crime responda por
sua integralidade, sempre trazendo a toma o que realmente aconteceu”.
Fica o alerta, observa Orengo.
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