(Irmã Tereza) |
Neste
dia 13 de maio faz 34 anos da previsão cataclísmica de Roldão Mangueira.
Acompanhe o texto de
Francistone Tomaz*
Nascida na zona rural da cidade de Areia
no brejo paraibano, Maria Tereza Vicente, hoje com 86 anos, adotou o codinome
Irmã Tereza ao ingressar no movimento que ficou conhecido como “Borboletas Azuis” surgido em Campina
Grande no final da década de 1960 e teve
como fundador místico Roldão Mangueira de Figueiredo.
Ao contrario do que é divulgado até
hoje, o movimento tinha como propósito levantar a doutrina católica que, segundo
seu líder espiritual estaria em decadência devido ao reinado dos três últimos
Papas.
Pregavam também o desapego às coisas
materiais.
Irmã Tereza conta que tudo teve início
quando seu líder espiritual recebeu a incumbência divina para abrir uma casa de
caridade nos moldes da Igreja Jesus no Horto, Igreja esta localizada na cidade
de Juazeiro do Norte no estado do Ceará.
(Roldão Mangueira) |
Daí nasceu A Casa de Caridade Jesus no Horto
localizada até hoje no bairro do quarenta em Campina Grande.
O local foi palco de várias curas
milagrosas presenciadas pela religiosa a enfermos que vinham de toda parte do
país, segundo ela essas curas ocorriam através das sessões espíritas realizadas
por médiuns sobre a “Mesa da Caridade” acompanhadas de orações do ofício de
Nossa Senhora e demais preces católicas.
O auge do movimento teve inicio no ano
de 1978, quando seus integrantes passaram a usar vestimentas nas cores azul e
branco, daí o nome borboletas azuis, e começaram a distribuir um folheto em que alertavam à toda humanidade sobre um
“dilúvio” que aconteceria precisamente no dia 13 de Maio de 1980.
O fato não aconteceu e seus seguidores
que eram em torno de setecentos diariamente no templo, foram perdendo a
credibilidade junto ao seu líder que foi internado em um hospital psiquiátrico
da cidade por familiares, vindo a falecer em 1982, tendo sido substituído por Antônio
de França, que era acompanhado por pouco mais de vinte seguidores.
(Irmã Tereza e o baú que guarda parte da história dos Borboletas) |
Irmã Tereza, a última remanescente dos Borboletas Azuis se mantêm firme no seu propósito de “levantar” a Igreja com a chegada de um novo líder.
Alheia às piadas e comentários maldosos
sobre sua maneira de viver, a fiel seguidora de Roldão Mangueira mantêm sua
rotina de orações e tarefas rotineiras
no templo, como cuidar do jardim que fica em frente à capela. E talvez seja no jardim que essa
adorável senhora encontre o significado de toda sua existência, pois
“BORBOLETAS AZUIS NÃO ANDAM EM BANDOS,
SÃO SEMPRE SOLITÁRIAS”.
*Francistone Tomaz é policial civil e historiador
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