quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

CONDENADAS!!! MULHERES QUE MATARAM CRIANÇA DE 10 ANOS SÃO CONDENADAS A QUASE 70 ANOS DE PRISÃO

As três mulheres  que assassinaram Midiã Emanuele Nunes de Andrade, de 10 anos, em outubro e 2010, em uma casa no bairro são José, em Campina Grande, foram condenadas a 68 anos de prisão.
O julgamento aconteceu nesta quinta-feira (04/12) no Fórum Affonso Campos.
Maria Cristina Vieira dos Santos Martírios (“Bruna Valeska”), foi condenada a 24 anos;  Maria da Guia Venâncio, pegou 22 e sete meses; e Alzicleide Diniz da Silva, a uma pena de 22 e sete meses.
O resultado saiu por volta das 21h18.

Mídiã foi espancada até a morte, ainda foi queimada viva com álcool e teve o corpo jogado em um terreno baldio no Bairro Liberdade.
em 2013, numa investigação das equipes da delegacias da Infância, em Campina Grande, o crime foi elucidado.
Um homem também participou da barbárie.
Trata-se de Wedson Gomes de Andrade.

Ele teve o processo desmembrado, pois a defesa sugeriu que o acusado tinha problemas mentais.
Realizados os exames, o resultado deu negativo (ele não tem nada de louco) e vai a júri em abril de 2015.
O juiz Falkadre de Souza Queiróz presidiu u júri .
O ministério público foi representado pelo promotor Osvaldo Barbosa.
Nas defesas atuaram os defensores públicos Tadeu Licarião Nogueira, Álvaro Gaudêncio Neto e Milton Aurélio.

ENTENDA O CASO
Midiã Emanuele de Andrade e a irmã dela foram adotadas por Maria Cristina Vieira dos Santos Martírios, cinco anos atrás.
A mãe biológica das meninas não tinha condições de criar as filhas.
“Bruna Valeska” mantinha uma relação homossexual com Alzicleide Diniz.
Ainda na residência do casal, moravam Maria da Guia e Wedson Gomes.
Quase que diariamente as meninas eram espancadas e mantidas encarceradas.
Midiã, de tanto sofrer, começou a ficar rebelde.
Essa atitude foi o suficiente para “Bruna Valeska” encontrar a “solução final”, ou seja: tramou sumiço da criança.
“Bruna Valeska” mandou “Guia” comprar álcool.
A menina foi espancada, jogada no chão e teve o corpo queimado quando ainda estava viva.
Ela morreu carbonizada no banheiro.
Depois de 24h da morte, o corpo foi colocado em uma caixa de papelão e jogado em um matagal próximo a linha férrea na Liberdade.
“Quando eles deixaram o corpo na linha do trem, atearam fogo novamente no cadáver para apagar as impressões digitais”, disse a delegada Alba Tânia.
O cadáver foi encontrado no dia seguinte, mas como não havia boletim de ocorrência, registrando o desaparecimento da menina, qualquer investigação mais profunda na época, foi em vão.
Ninguém reclamou o desaparecimento.
A partir do final de 2012 começaram a surgir pistas.
O crime foi presenciado pela irmã da vítima que foi pressionada a não comentar o assassinato.
“A menina viu Midiã sendo morta pelas mulheres. Como ela ficou com medo de morrer e sofrendo ameaças ficou calada por dois anos. No entanto a garota conseguiu fugir de casa, procurou um orfanato e pediu ajuda”.
A direção do orfanato comunicou o caso à Polícia Civil.
Numa investigação criteriosa, silenciosa e extremamente responsável o crime foi desvendado.
Foi colhido material genético da vítima e confrontado com o da mãe biológica.
Ficou comprovado que o corpo encontrado era da menina que “Bruna Valeska” tinha a guarda.
Os envolvidos foram presos em Campina Grande e Alagoa Nova no dia 17 de fevereiro do ano passado, mediante mandados da justiça.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.