Um bebê com apenas um mês de vida teve
um afundamento de crânio, possivelmente provocado pela porta de um ônibus
coletivo na última quarta-feira (30/04) em Campina Grande.
O acidente aconteceu no Terminal de
Integração de Passageiros da cidade, quando a mãe descia com o bebê do ônibus
nos braços e a porta do coletivo teria se fechado, atingindo a cabeça da
criança.
A mãe do bebê, Nara Yasmim disse que
estava descendo do ônibus quando o motorista do coletivo fechou a porta.
Segundo o relato da estudante à equipe
de reportagem da TV Paraíba, ela foi a última pessoa a descer do ônibus e ainda
gritou, mas o motorista abriu a porta e em seguida foi embora do local, sem
oferecer ajuda.
O bebê foi levado para o Hospital da
Criança e em seguida transferido para o Hospital de Emergência Trauma de
Campina Grande, onde passou por um procedimento cirúrgico.
“Desci
na integração, aí o motorista fechou a porta quando eu estava descendo, uma
porta fechou na cabeça dele, que ele estava deitado no meu braço e a outra
fechou no meu braço, do outro lado. Eu gritei, mas ele não desceu, só abriu a
porta, quando eu desci, ele foi embora”, contou Nara Yasmim.
De acordo com o neurocirurgião Marcos
Wagner, apesar de estar acordada a criança apresentava uma deformidade na
região lateral do crânio.
“A
criança chegou acordada e tudo, mas com uma deformidade na região lateral do
crânio, fizemos uma pequena incisão, houve a correção da falha e algumas horas
depois ela já foi para a enfermaria sem nenhuma sequela, tanto neurológica como
estética”.
O motorista que conduzia o coletivo não
teve o nome divulgado. A mãe do bebê informou apenas o nome da empresa que o
motorista presta serviços e fez um apelo para que o caso não fique na
impunidade.
"Eu
peço justiça porque não pode ficar assim, aconteceu comigo e acontece com
várias outras pessoas", disse a mãe da criança.
Outros usuários também disseram que
casos de acidentes com passageiros provocados por motoristas de ônibus são
comuns no Terminal de Integração de Campina Grande.
O diretor do Sindicato das Empresas de
Transporte de Passageiros (Sitrans) informou que irá pedir o arquivo de vídeos
do ônibus para analisar o caso.
(G1pb)