Washington e Lúcia: fim do mistério
Sócio é acusado de ser autor intelectual....
Morte do casal foi "encomendada" por 4 mil
reais...
Gravações telefônicas e o 197 ajudaram
na elucidação....
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(PC: dever cumprido trabalhando no silêncio e sem estardalhaço) |
Após dois meses em 19 dias e de ouvir 71
pessoas, a polícia civil em Campina Grande desvendou o duplo homicídio ocorrido
na noite de 29 de março que vitimou o casal Washington Menezes e Lúcia Santana.
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(Revólver calibre "38" usado no crime) |
Foi um dos crimes mais cheios de mistérios
e especulações dos últimos anos em Campina Grande.
A prisão dos seis suspeitos aconteceu na
madrugada/manhã desta terça-feira (17/06) e foi anunciada pela delegada
Tatiana Barros no WhatsApp às 05h16.
“O objetivo da divulgação dessa operação
intitulada Iscariotes teve intenção de não dar exclusividade ninguém e
privilegiar o nosso bom relacionamento com a mídia”.
O mandante, segundo a polícia civil, é
Nelsivan Marques, sócio das vítimas.
Com a morte do casal, ele se tornaria o
único dono de uma faculdade privada.
Washington Luiz de Meneses e Lúcia
Santana foram mortos quando deixavam uma casa de recepções no Catolé onde o acusado promovia sua festa de casamento.
As vítimas foram testemunhas.
O agiota, Franciclécio Farias Rodrigues,
suspeito de contratar os pistoleiros, também foi preso.
Samuel Alves da Silva, de 19 anos, que já
estava detido por causa de um assalto, é apontado como executor do casal.
Gilmar Barreto da Silva, a mulher dele,
Maria Gorete Alves Pereira e Alef Sampaio dos Santos, também foram presos
acusados de participar do crime.
A arma foi encontrada na casa de Franciclécio.
A PC chegou aos suspeitos através do
disque denúncia e gravações de conversas telefônicas entre os acusados.
A PARTICIPAÇÃO DE CADA UM
SAMUEL:
Foi "contratado" por Gilmar para executar o casal.
O preço: "4.000 reais".
Na noite do crime ele se escondia por trás de um veículo e recebeu uma ligação de Franciclécio (que frequentava a festa de casamento) dizendo que o casal estava saindo.
Lúcia foi a primeira a morrer.
Contra ela foram três tiros; dois a atingiram a nuca e outro disparo feriu Lindon Johnson da Silva(segurança).
Em seguida Samuel atingiu Washington com dois disparos.
O assassino fugiu do local, se escondeu em um Haras e depois foi resgatado por Gilmar e esposa que estavam em um carro.
Samuel está preso desde maio acusado de assalto no Jardim Meneses.
Quando ouvido, negou o crime, depois "abriu o jogo" e com frieza contou todos os detalhes.
Ele recebeu inicialmente "500 reais", depois "1.500 reais" e posteriormente receberia mais "2.000 reais".
GILMAR:
Amigo de Franciclécio.
Ele foi escolhido por ser de confiança e para contratar um matador.
Gilmar sabia que Samuel toparia "na maior", pois já havia cometido um homicídio.
De acordo com a delegada Tatiana Barros, "Gilmar já havia participado da primeira tentativa de morte contra o casal em março, por pelo menos duas vezes, mas sem êxito e ficou responsável por encontrar a solução".
Na noite crime ele foi buscar Samuel em casa e circulou pelo entorno de onde ocorria a festa por varias vezes.
Antes, ele, a mulher e o executor lancharam numa lanchonete onde traçaram tudo sobre o homicídio.
ALEF:
Na primeira tentativa de morte do casal (no início de março), Alef foi encarregado de assassinar o casal que chegava de viagem do exterior.
Não deu certo: Lúcia teria percebido a ação e o crime foi evitado.
Para a polícia ele é tão culpado quanto os outros: sabia de tudo que estava por acontecer e havia participado assalto simulado contra o casal.
MARIA GORETE:
Esposa de Gilmar.
Ela sabia de todas ações tramadas.
Gorete, no dia do duplo homicídio, estava no carro ao lado do marido.
A mulher, Gilmar e Samuel estavam juntos, antes, durante e depois do crime.
FRANCICLÉCIO E NELSIVAN:
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(Franciclécio: contratou os executores, diz PC ) |
Tramaram a morte do casal.
Washington devia a Franciclécio, aproximadamente "81.000 reais".
Já Nelsivan, de acordo com a polícia, não aceitava o crescimento de Washington nos negócios.
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(Nelsivan: acusado de ser autor intelectual) |
A Delegada Tatiana Barros confirmou que, através de ligações telefônicas entre Nelsivan e Franciclécio havia uma estreita amizade e no período que ocorreu o primeira tentativa de homicídio a até o homicídio, foram vários telefonemas.
"A investigação está concluída: o crime está elucidado.Não existe espaço para dúvidas".
TODAS AS INFORMAÇÕES PUBLICADAS AQUI TÊM COMO BASE O RELATÓRIO DA POLÍCIA CIVIL.