G1
GERSON
CAMAROTTI*
“É muito raro na política brasileira a
renovação e o surgimento de novas lideranças.
Nos últimos anos, Eduardo Campos tinha
conseguido furar essa barreira.
E, apesar de muito jovem, transformou-se
num protagonista do poder.
Uma de suas principais marcas na vida
pública era a ousadia. Foi essa característica que fez com que ele, em 2006,
partisse para uma eleição de risco ao governo de Pernambuco.
Começou em terceiro lugar nas pesquisas
e foi eleito governador do Estado, sendo reeleito com a maior votação
proporcional do país.
Foi essa mesma ousadia que fez com que
Campos deixasse o apoio ao governo Dilma Rousseff no ano passado para se lançar
candidato ao Palácio do Planalto.
Eduardo Campos também era um destemido
na política.
Sofreu pressão e ameaças do PT para não
sair da base aliada.
Até o último momento, o ex-presidente
Luiz Inácio Lula da Silva tentava evitar esse rompimento.
Até então, Lula trabalhava com o cenário
de apoiar uma candidatura presidencial de Eduardo Campos, mas apenas em 2018.