(A placa sobre o carro e as duas mulheres) |
"De que é a responsabilidade? Alguém será responsabilizado?" Questiona Dilvani.
Uma das vítimas, Maria de Fátima Ramos, 51
anos, fazia caminhada e sofreu fratura em uma das pernas.
Já Marisa Barbosa Marques, de 61, estava
no veículo e sofreu uma forte pancada na coluna.
Maria de Fátima, segundo fontes, estaria
internada no Trauma aguardando cirurgia.
Quanto a Marisa, leiam o texto abaixo.
Na foto, tirada na última quarta-feira
(04/03) à noite, ela estava fazendo uma das coisas de que mais gosta: posar com
as amigas durante as aulas na academia.
No dia seguinte, Marisa dirigia seu
carro pela Avenida Brasília, quando o veículo foi atingido por uma placa
publicitária.
Hoje ela está na UTI de um hospital,
onde foi submetida a uma cirurgia para colocação de uma placa de metal e quatro
pinos na coluna vertebral.
O diagnóstico foi categórico: Marisa
perdeu os movimentos dos membros inferiores e, muito dificilmente, voltará a
andar.
Segundo os médicos, tem 1% de chance de
voltar a sentar, com um trabalho longo e intenso de fisioterapia.
E agora, quem vai garantir o sustento de
Marisa e sua família? Quem vai custear o tratamento para que ela possa, ao
menos, conseguir sentar-se novamente um dia?
É bem verdade que o acidente foi uma
fatalidade.
Ninguém tem culpa pela chuva e pelo
vento.
Nem ela sabia que não deveria passar por
ali naquele momento. Mas a instalação e manutenção de placas publicitárias são
de responsabilidade de alguém sim.
De quem então? De quem instalou? Da
empresa que pagou para que sua publicidade ficasse ali? De quem não deu a
devida manutenção? De quem não fiscalizou?
Não vi a imprensa fazer esses
questionamentos.
Aliás, a imprensa tratou o caso como uma
simples consequência das chuvas ocorridas na cidade.
Sequer divulgou o quão grave foram os
ferimentos causados na motorista do carro e na pedestre, também atingida pela
mesma placa.
Muito triste ter acontecido isso.
Mais triste ainda é ver que ninguém
atentou para um detalhe: existem inúmeras outras placas publicitárias
espalhadas nas cidades.
Será que elas estão recebendo a devida
manutenção?
E aquele trambolho que o Patrimônio
Histórico insiste em manter de pé em pleno Centro de Campina Grande, o prédio
do antigo Capitólio, será que igualmente não corre o risco de desabar, causando
uma tragédia?
Placas e prédios, quando não cuidados,
caem de todo jeito.
Com chuva ou sem chuva.
Com vento ou sem vento.
Depois do incêndio na boate Kiss, o
Corpo de Bombeiros fiscalizou e interditou algumas boates e casas de festa em
Campina Grande.
E agora, quem vai dar o primeiro passo
para fiscalizar prédios antigos e placas publicitárias?
Ou vão esperar para, literalmente, correr depois do prejuízo?”
Ou vão esperar para, literalmente, correr depois do prejuízo?”
*Dilvani Alves é jornalista. Foi repórter e editora assistente do
Jornal da Paraíba; repórter e chefe de reportagem do Diário da Borborema ;
assessora de imprensa da prefeitura municipal de Campina Grande (Codecom, Sec.
de Infraestrutura e Sec. de Educação).
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