(Franklin: condenado a 26 anos) |
Em júri realizado nesta terça-feira
(16/06) no Fórum Affonso Campos, o vidraceiro Franklin de Lima Tavares, 30
anos, foi condenado a uma pena de 26 anos de reclusão pela morte do empresário
Natanael Sobreira da Costa Júnior.
O crime aconteceu em janeiro de 2014.
Familiares da vítima compareceram nesta quarta-feira
(17) na Delegacia de Homicídios, em Campina Grande para agradecer as investigações da polícia civil que resultaram
na elucidação do homicídio e em particular aos dois agentes que foram arrolados
como testemunhas de acusação durante o júri.
COMO
FOI O CRIME
Natanael tinha um carro para vender,
Frank se interessou para comprar, eles acertaram as “bases” do negócio, mas na
verdade Natanael, então com 30 anos, caiu numa cilada e foi assassinado com um
tiro na cabeça (altura do ouvido).
“Júnior” como era conhecido, estava
desaparecido desde 22 de janeiro/2014 quando saiu de casa (no Cruzeiro) para
“fechar” um negócio sobre a venda de um Honda Civic.
(Natanael Sobreira: assassinado em janeiro/2014) |
O comprador seria o vidraceiro Franklin,
morador do Centenário, com quem Júnior foi se encontrar.
Na manhã do domingo (26/01), o mistério
do sumiço do empresário começou a ser desvendado com a prisão de Franklin que
após quase 10 horas de interrogatório confessou o crime na Polícia Civil.
A
PRISÃO DO ACUSADO
Uma blitz da 3ªCptran se realizava na
saída de Campina Grande para Queimadas.
Ao avistar a barreira, o condutor de um
carro teria tentado desviar do ponto de bloqueio, mas a guarnição comandada
pelo sargento Johnson saiu no encalço e na Avenida João Wallig, fez a
abordagem.
(Policiais da CPTran, o acusado e arma do crime) |
No interior do veículo foi encontrado um
revólver Taurus calibre “38”.
No local, os policiais ficaram sabendo
que o Honda Civic de cor preta e placas MNK 9815, em poder do vidraceiro,
pertencia ao empresário desaparecido.
O caso foi parar na Central de Polícia,
por causa do porte ilegal de arma.
Quando Franklin chegou superintendência,
acompanhado dos policias da CPTran, tudo começou a ser esclarecido.
O
PROCEDIMENTO NA CENTRAL DE POLÍCIA
O delegado Severino de Carvalho Lopes,
foi o plantonista e por coincidência, desde a quarta-feira (23/01/2014), tinha
conhecimento do desaparecimento de Natanael e outros detalhes que poderiam
apontar para um suposto crime.
(Arma do crime) |
Foi na delegacia que ele comandava
(2ºDD), que os familiares registraram um boletim de ocorrência sobre o sumiço
do empresário.
Franklin, inclusive, chegou a ser ouvido
sobre o caso, mas afirmou que “assim que fechou negócio com Natanael sobre o carro”,
não viu mais ele.
Ainda, segundo a polícia, Franklin se
colocou a “disposição para qualquer coisa”.
O
CARRO COM VESTÍGIOS DE SANGUE
O Honda Civic, encontrado com o
vidraceiro, tinha vestígios de sangue.
Até então preso só pelo porte de arma, o
rapaz passou a ser o suspeito de um assassinato.
A partir daí a polícia civil montou uma
verdadeira operação que desmantelou e desmanchou todos os argumentos de Franklin.
Entrou em cena, uma equipe da Delegacia
de Homicídios.
O
DEPOIMENTO, AS CONTRADIÇÕES E A CONFISSÃO
O delegado Antônio Lopes ouviu o suspeito por quase
exaustivas dez horas.
Ele
não assumia qualquer delito, a não ser o porte ilegal de arma.
As contradições foram acontecendo e o vidraceiro “abriu o jogo”.
O
CRIME E O MOTIVO
De acordo com Antônio Lopes, a polícia
civil descobriu um crime brutal motivado por inveja e ganância.
O motivo de tudo foi o Honda Civic.
Na noite da terça-feira (22/01) Natanael
recebeu uma “ligação” do “comprador” e foi encontrá-lo na Travessa Jader
Medeiros, no bairro Centenário, onde morava o acusado.
Lá o interessado no carro tomou o lugar
de Natanael na direção que, por sua vez, foi para o banco do carona.
Franklin queria o veículo e o
comerciante aceitou vendê-lo, mas na hora de fechar o negócio houve um
desentendimento, pois o Honda foi oferecido por "15 mil reais" e o interessado só
tinha “13 mil reais”.
O empresário não quis entregar o
veículo.
Contou o delegado Antônio Lopes: “Sem
que Natanael percebesse, Franklin tirou uma arma da cintura, fez um gesto como
se fosse abraçar o banco do carona e atirou. A bala pinou. Natanael perguntou o
que tinha sido aquilo e o acusado atirou novamente matando Natanael dentro do
próprio carro”.
A
OCULTAÇÃO DO CADÁVER
A após matar o empresário, Franklin
cuidou de se livrar do corpo e para isso enterrou Natanael numa cova rasa em
uma casa na Rua Maria Dalva de Almeida Uchoa, no bairro Ramadinha “2”.
(Pá, picareta e enxada usadas para a ocultação do corpo) |
Disse o delegado Antônio Lopes: “Quando
praticou o homicídio, o acusado ficou perturbado sem saber o que fazer com o
corpo. Então lembrou que havia alugado uma casa na Ramadinha onde passaria a
morar depois de casar. Levou a vítima para o local, entrou de ré na garagem,
retirou o corpo do carro, deixou dentro do imóvel e voltou para casa no Honda
Civic. No dia seguinte, comprou uma pá, uma enxada, além uma picareta e foi até
a casa na Ramadinha. Lá ele cavou uma cova rasa no quintal e ocultou o
cadáver.”
Durante quase uma semana o acusado ficou
com o carro de Natanael.
A Vítima era pai de uma criança
portadora de necessidades especiais.
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