(Cabo Adriano: morto pelo "colega") |
Uma discussão banal sobre cotas raciais
entre dois colegas de trabalho acabou na morte de um cabo do 11ºBPM de Pernambuco.
O cabo Adriano Batista dirigia a viatura
quando foi atingido por seu companheiro de plantão, o soldado Flávio Oliveira,
que estava no banco de trás do veículo.
O crime ocorreu por volta das 8h00 deste
domingo (30/08), no Bairro de Apipucos, em Recife.
No momento do tiro, estava ainda na
viatura a soldado Thaena de Lima Lemos.
Segundo informações da PM, os três
haviam iniciado o plantão quando a discussão começou.
Por causa do comportamento exaltado do
soldado durante o debate, o cabo Adriano Batista, que se posicionava contra as
cotas raciais, havia se recusado a continuar o plantão com Oliveira e estava
levando a viatura de volta ao batalhão para seguir sem o soldado.
Ao se aproximar do local, porém, o policial
foi atingido por um tiro na cabeça, deixando o carro desgovernado.
A viatura chegou a atingir dois veículos
que passavam pela via, um Fox e um Gol.
Os motoristas dos carros atingidos não
ficaram feridos.
Já o policial foi ao levado ao Hospital
da Restauração em estado grave, onde morreu por volta das 9h40.
O soldado Flávio Oliveira está detido no
11º Batalhão.
O crime será investigado pela própria
corporação uma vez que ocorreu dentro de uma viatura e está sendo encarado como
homicídio qualificado (Artigo 205 do
Código Penal Militar - motivo fútil, sem opção de defesa e prevalecendo-se o
agente da situação de serviço).
Caso seja condenado, Flávio Oliveira
pode ter uma pena de 12 a 30 anos de prisão.
(Soldado Flávio Oliveira: acusado do crime) |
O soldado está há seis anos na Polícia
Militar mas já foi transferido duas vezes antes de, recentemente, chegar ao 11º
Batalhão.
Já o cabo Adriano Batista trabalhava há
dez anos na PM de Pernambuco.
A soldado Thaena de Lima, que presenciou
o crime, entrou em estado de choque, mas não ficou ferida.
O comandante-geral da PM, coronel Pereira
Neto, se pronunciou por meio de nota, no final da manhã.
Ele afirmou que “o comando repudia a forma
assustadora e violenta em que ocorreu o episódio e já determinou, através do
comando do 11° batalhão e do Centro de Assistência Social total apoio aos
familiares do PM morto.”
Pereira Neto disse, ainda, que o crime
não choca apenas a sociedade Pernambucana, mas também os cerca de 20.300
policiais militares do estado.
(Diário de Pernambuco)
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