(Promotor Romualdo Tadeu: "Gado Bravo será ressarcida) |
Segundo o ministério público o ex-secretário
de Finanças da prefeitura de Gado Bravo, no Agreste, Warison de Brito, o irmão dele Wallisson de Brito, assessor especial, e
outro assessor José Mário Alves, são suspeitos de ser os mentores e executores
de um esquema de desvio de recursos da prefeitura que vem afundando o
município.
Eles foram presos na manhã desta
quinta-feira (12/11) na Operação Salinas realizada pelo ministério público da
Paraíba com apoio da polícia militar e estão presos em Aroeiras.
Warisson e Wallisson são filhos do
prefeito Evaldo Araújo.
De acordo com o ministério público os suspeitos
fraudavam processos licitatórios, falsificavam documentos e utilizavam indevidamente
dados de diversas pessoas para fazer empenhos de serviços que nunca foram
realizados.
O que mais chamou a atenção do
ministério público foi que no nome de um vaqueiro, que trabalhou para a família
do prefeito, foram encontrados empenhos
que totalizam 160 mil reais.
O dinheiro era empenhado para pagar
contas em um restaurante que não existe.
O
Promotor Romualdo Tadeu concedeu entrevista coletiva sobre o caso.
O NOME
DA OPERAÇÃO
“O nome da operação é Salinas, pois todos
os presos moram no sítio Salinas, em Gado Bravo”.
AS
INVESTIGAÇÕES
“As investigações tiveram início após
denúncias de membros da associação Agropecuária de Gado Bravo. E em buscas no
site do TCE eles descobriram vários empenhos designados a pessoas que nunca
receberam este dinheiro. Havia empenho em nome de filhos de associados que
nunca receberam este dinheiro. A Associação buscou esses empenhos no Sagres e
os encaminhou ao Ministério Público. Nós desencadeamos uma investigação que
hoje culminou a prisão de três pessoas, em caráter temporário, condução
coerciva de mais três e sete Mandados de Busca e Apreensão”.
COMO
ERA O GOLPE
“As pessoas carentes procuravam a
prefeitura em busca de um auxílio. A ordem era para que essas pessoas deixassem
a documentação e com essa documentação (completa), os acusados confeccionavam
empenhos, falsificam as assinaturas dessas pessoas, inclusive com endosso de
cheques”.
VALORES
DESVIADOS DOS COFRES DO MUNICÍPIO
“Pelo que nós investigamos e constatamos
até hoje, Gado Bravo sofreu um prejuízo da ordem de mais de “300 mil reais”
(entre 2009 e final de 2014). Com as buscas realizadas hoje, com a análise de
todo o material, a perspectiva é de que o montante desviado chegue a “um milhão
de reais”.
NÃO
EXISTEM PROVAS CONTRA O PREFEITO
“Pelo que foi investigado não se chegou,
não se teve indícios suficientes que indicasse a participação do prefeito em
todo esse esquema. Tudo era feito debaixo das barbas do prefeito, mas pelo que
se investigou até hoje, não se tem conhecimento do envolvimento dele”.
GADO
BRAVO VAI SER RESSARCIDA
“Com a eclosão da operação de hoje e após
terminar a investigação (concluir os procedimentos) a gente vai encontrar meios
para buscar dessas pessoas o ressarcimento. O dinheiro pertence a Gado Bravo”.
A
PARTICIPAÇÃO DE UM VAQUEIRO NO DESVIO
“Foi algo emblemático. O vaqueiro foi
ouvido por nós e a todo tempo negou que possuísse um restaurante. o Curioso é
que em 2012, o ano em que mais restaurante lucrou, foi justamente o ano em que
o vaqueiro estava no Rio de Janeiro trabalhando de pedreiro. Neste ano o
restaurante faturou “100 mil reais”. Na época o vaqueiro estava no rio
trabalhando de carteira assinada”.
A DEFESA DOS PRESOS
O
advogado Guilherme Moura, que representa os três presos disse em entrevista que está se inteirando das acusações.
"São acusações graves, mas temos que nos inteirar da situação. Temos que analisar com caultela. Faremos a defesa e tudo será esclarecido".
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