(Equipamento instalado para "captar" a água do açude) |
Atualmente o volume de água o açude de
Boqueirão é de apenas 13,03%, segundo a Agência Estadual de Gestão das Águas da
Paraíba (Aesa).
Diante do quadro nada animador, Wilton
Maia Velez que é o presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias
Urbanas da Paraíba (que engloba funcionários da CAGEPA), fez o seguinte
comentário, a pedido do renatodiniz.com:
“É um cena que revela a falta de gestão.
E essa falta de gestão agravou o problema do açude Epitácio Pessoa. Problema
hídrico sempre nós teremos.
Nós vivemos no semiárido.
Então é comum que a gente tenha problema hídrico.
O que não dar para ter é um problema com essa dimensão.
E no meu ponto de vista o governo do estado (a gente tem que deixar claro: ‘o governo do estado’) quer fazer vistas grossas ao alto risco que todos nós que consumimos água do açude Epitácio Pessoa, corremos.
É inadmissível você ver cenas dessa natureza e dizer que isto é normal. Francamente: normal não é.
Normal é que tenhamos um manancial com carga suficiente para a gente sobreviver.
Agora: fazer extensão de rede de toda maneira como foi feita em Campina Grande; um consumo desordenado; a falta de fiscalização; vazamentos ‘a torta e a direita’ e a gestão da CAGEPA sem condições de dar a resposta rápida para corrigir estes problemas; a quantidade de ‘gatos’ na rede e estouro de adutora são problemas que, aliados a falta de chuva, com certeza nos traria esse cenário que estamos vendo hoje.
Pra gente que é sensível com o meio ambiente, é um cenário muito forte. Mataram o açude. Abandonaram e mataram.
Ai vem o presidente da AESA e gerente da CAGEPA ‘tranquilizando’ a população.
Não dar para tranquilizar a população.
Temos é que alertar a população que nós vivemos um colapso, uma crise.
Se nós não tivermos cuidado no consumo, vamos tirar água de onde?
Não é só consumidor residencial que tem que ter atenção.
É o industrial e a construção civil.
Não adianta agente fazer vistas grossas.
Vamos tirar água de onde? Qual é a saída? Esperar a transposição?
Lhe digo com franqueza: se a água da transposição chegasse hoje (lá em Poções em Monteiro) nós teríamos um problema, pois o açude de Poções em Monteiro é carreado de esgoto da cidade.
Outra questão: os leitos dos rios Paraíba e Taperoá estão assoreados e cheios de barragens... E a maior obra de gestão hídrica que temos no estado da Paraíba é ‘pegando’ água de Acauã e levando para o litoral.
Ora: nós éramos para estar fazendo obras de Monteiro para Boqueirão e não de Acauã para Araçagi.
Eu quero abrir um ‘parêntese’ também: a prefeitura de Campina Grande tem que tomar uma atitude.
Não dar para ficar achando que não é com ela.
Nós somos munícipes.
Nós vamos sofrer.
A gente conversa com um, conversa com outro, mas não consegue chegar ao prefeito.
Ai a gente conversa com ele e ele se mostra extremamente preocupado, preocupado, mas é preciso tomar uma atitude.
Precisamos ir para as ruas e isso é um recado para as igrejas católicas, evangélicas, SABs, câmara de vereadores, associação comercial, Fiep, Universidades, movimentos sociais, imprensa, estudantes.
Quem sabe o governo do estado e governo federal escutem os gritos.
Do jeito que as coisas estão indo, vamos viver momentos difíceis aqui em Campina Grande.
Eu vivo diariamente isso.
Esta questão preocupa.
Nós vivemos no semiárido.
Então é comum que a gente tenha problema hídrico.
O que não dar para ter é um problema com essa dimensão.
E no meu ponto de vista o governo do estado (a gente tem que deixar claro: ‘o governo do estado’) quer fazer vistas grossas ao alto risco que todos nós que consumimos água do açude Epitácio Pessoa, corremos.
É inadmissível você ver cenas dessa natureza e dizer que isto é normal. Francamente: normal não é.
Normal é que tenhamos um manancial com carga suficiente para a gente sobreviver.
Agora: fazer extensão de rede de toda maneira como foi feita em Campina Grande; um consumo desordenado; a falta de fiscalização; vazamentos ‘a torta e a direita’ e a gestão da CAGEPA sem condições de dar a resposta rápida para corrigir estes problemas; a quantidade de ‘gatos’ na rede e estouro de adutora são problemas que, aliados a falta de chuva, com certeza nos traria esse cenário que estamos vendo hoje.
(...Só resta esperar a chuva) |
Pra gente que é sensível com o meio ambiente, é um cenário muito forte. Mataram o açude. Abandonaram e mataram.
Ai vem o presidente da AESA e gerente da CAGEPA ‘tranquilizando’ a população.
Não dar para tranquilizar a população.
Temos é que alertar a população que nós vivemos um colapso, uma crise.
Se nós não tivermos cuidado no consumo, vamos tirar água de onde?
Não é só consumidor residencial que tem que ter atenção.
É o industrial e a construção civil.
Não adianta agente fazer vistas grossas.
Vamos tirar água de onde? Qual é a saída? Esperar a transposição?
Lhe digo com franqueza: se a água da transposição chegasse hoje (lá em Poções em Monteiro) nós teríamos um problema, pois o açude de Poções em Monteiro é carreado de esgoto da cidade.
Outra questão: os leitos dos rios Paraíba e Taperoá estão assoreados e cheios de barragens... E a maior obra de gestão hídrica que temos no estado da Paraíba é ‘pegando’ água de Acauã e levando para o litoral.
Ora: nós éramos para estar fazendo obras de Monteiro para Boqueirão e não de Acauã para Araçagi.
Eu quero abrir um ‘parêntese’ também: a prefeitura de Campina Grande tem que tomar uma atitude.
Não dar para ficar achando que não é com ela.
Nós somos munícipes.
Nós vamos sofrer.
A gente conversa com um, conversa com outro, mas não consegue chegar ao prefeito.
Ai a gente conversa com ele e ele se mostra extremamente preocupado, preocupado, mas é preciso tomar uma atitude.
Precisamos ir para as ruas e isso é um recado para as igrejas católicas, evangélicas, SABs, câmara de vereadores, associação comercial, Fiep, Universidades, movimentos sociais, imprensa, estudantes.
Quem sabe o governo do estado e governo federal escutem os gritos.
Do jeito que as coisas estão indo, vamos viver momentos difíceis aqui em Campina Grande.
Eu vivo diariamente isso.
Esta questão preocupa.
Este é um desabafo de um pai de família
que nasceu, que mora aqui e que está preocupado, triste e comovido".
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