quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

HOMEM PRESO ACUSADO DE ACARICIAR CRIANÇA DE OITO ANOS: ADVOGADO DE DEFESA FALA SOBRE O CASO

O advogado Lucas Bezerra foi constituído para defender um homem de 50 anos que foi preso acusado de violência sexual contra uma criança de oito anos.
Consta no relatório da PM que o homem foi consertar um “tanquinho” na residência de uma mulher, na Rua Eurico Gaspar Dutra, no Médici, em Campina Grande, e praticou carícias na menina.
A mãe dela conta que o acusado passou aproximadamente três horas na casa e em dado momento entrou no quarto onde a criança assistia TV e acariciou as partes íntimas dela.
Ela saiu correndo e contou à mãe.
O caso foi às 16h30 desta quarta-feira (27/01)
Em contato com o renatodiniz.com o jovem advogado afirmou que o cliente dele disse que “ele foi pra casa da mãe da menina por indicação de outra cliente dele, e passou um tempo na casa fazendo o orçamento do tanquinho que estava desmontando. Quando ele desmontou o tanquinho, informou a ela que o orçamento que ficou em torno de ‘60,00 reais’. Ela disse que não tinha como pagar e ele disse que não tinha como fazer fiado, pois tinha que comprar um capacitor para repor a peça”.
Lucas Bezerra continuou: “Ele alega que a todo o momento havia quatro pessoas na casa: a mãe, a menina, a irmã e a avó; e que dois tios da menina, que moram na casa foram na residência. Um veio e saiu, o outro também veio e saiu”.
O advogado questiona: “a questão é: quatro pessoas numa casa, uma casa pequena (de dois quartos, sala e cozinha e terraço), acontece toda essa situação e ninguém viu? A menina disse que ele fez isto no quarto, depois a levou para o terraço e ninguém viu? Ele transitando com a criança, ninguém viu?... Fica logo evidenciado que se isso tivesse ocorrido, por instinto maternal, a mãe não teria tido a tranquilidade de ter ido para o terraço, com o homem dentro de casa e ligado para a polícia. Certamente ela teria ido para ‘o meio da rua’ com a criança, teria chamado algum popular parta ajudar. Teria tomado uma atitude mais protetiva, mais emergencial”.
Lucas Bezerra informou que o seu cliente não estava fugindo quando foi preso.
“Não procede de ele ter fugido. Ele saiu da casa normalmente, não ofereceu resistência. Voltou para a casa da mulher com os policiais para ser reconhecido”.
O advogado acrescentou que “a menina tem oito anos e não tem muito discernimento entre uma ação e outra. Podendo até ser induzida por uma confirmação ‘de uma fala’ da mãe. A partir daí se desdobrou toda essa história.”
Ele finalizou dizendo que “não existe nenhuma materialidade do fato. Ninguém viu. A mãe que estava na casa a todo o momento não presenciou nada disso. Meu cliente disse que a todo o momento a mãe acompanhou todo serviço. Ele foi preso com a mala de ferramentas dele, não estava correndo e estava se dirigindo para outra casa onde iria prestar outro serviço”.
O crime é inafiançável (estupro de vulnerável), mas Lucas Bezerra afirmou que vai tentar a liberdade provisória para que o acusado responda em liberdade e durante o desenrolar da ação penal vai buscar provar a inocência dele. 

Um comentário:

  1. Trabalho na área de manutenção e conserto da linha branca, inclusive tanquinho, é complicado pra esse técnico, se defender, também não tem como acusá-lo de alguma coisa, mas sinceramente passar três horas pra dizer que o capacitor tá com defeito é muito tempo, isso em 5 minutos se resolve.

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