Estudantes ocuparam o prédio do Gabinete
do Prefeito na manhã desta segunda-feira (29/02), em Campina Grande,
protestando contra o aumento da passagem de ônibus.
O resultado disso foi confusão e
depredação do património público.
Pouco tempo depois os estudantes
ocuparam o Terminal de Integração por quase 30 minutos.
A polícia foi chamada.
Em decorrência do que aconteceu no
Gabinete, a Procuradoria Geral do Município de Campina Grande vai acionar
judicialmente os autores dos danos.
A ação terá por base as imagens
registradas pelas câmeras de segurança e as fotos tiradas e divulgadas nas
redes sociais do movimento, que mostram alguns dos participantes depredando
mesas, cadeiras e janelas do local.
Além disso, o procurador geral do
município, José Fernandes Mariz, também anunciou que pedirá à Polícia Federal a
abertura de uma investigação, tendo em vista que há suspeitas de que alguns dos
participantes do protesto estariam atendendo a ordens de agentes públicos
ligados à Administração Estadual, numa tentativa de gerar o desgaste político
da gestão municipal.
“Vamos identificar e acionar todos os
que danificaram diretamente o patrimônio público do município, porque não
podemos permitir atos de vandalismo dessa natureza. E mais: vamos pedir
apuração junto à Polícia Federal porque há prováveis ligações de pessoas
ligadas a outras esferas de Governos e também a agentes políticos, que estavam
participando dos atos”, observou José Mariz.
Um detalhe que chamou a atenção no
movimento é que os participantes pediam a implantação do passe livre para os
estudantes, quando a Administração municipal já implementou essa medida desde o
ano de 2013.
“Eles deveriam pedir que o Governo do
estado fizesse o mesmo. Nós já implantamos o passe livre e nossos alunos da
rede municipal não pagam mais passagens há muito tempo”, lembrou Mariz.
Além da implantação do Passe Livre, o
prefeito Romero Rodrigues também isentou as empresas da cobrança do ISS
(Imposto Sobre Serviços), para baratear o valor das passagens. Por mês, a
medida tem um impacto superior a R$ 250 mil.
“Mas o mesmo não aconteceu com o Governo
do Estado. Por que os manifestantes não foram pedir ao Governo Estadual que
isente das passagens o ICMS, para baratear o preço das passagens? Isso é que
não entendemos e mostra claramente o caráter político do movimento”, questionou o
procurador, complementando que a Secretaria de Educação do Município também já
paga o piso nacional dos professores.
“Nos causou estranheza ainda o fato de
termos entrado em contato com o Movimento Passe Livre, aqui na cidade, e todos
os integrantes nos relatarem que sequer sabiam dessa mobilização. Isso levanta
ainda mais os indícios de que, de fato, essas pessoas estavam sendo ‘guiadas’
por interesses puramente políticos”, considerou José Mariz.
(Redação com Codecom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.