Saulo Nunes
Paraíba em QAP
O Paraíba em QAP faz um ‘apelo’
aos profissionais de segurança pública e privada que leem este artigo: se
alguém vos disser que “ser assassinado em razão da profissão é um risco
inerente ao ofício”, refutem.
Discordem.
Essa tese é mentirosa.
Maliciosa.
Exemplos? Os profissionais do SAMU (pelo
menos em Campina Grande) só se deslocam a ocorrências envolvendo disparos de
arma de fogo se a polícia for junto.
E estão corretos.
A profissão de socorrista tem seus
riscos, mas não é ‘normal’ ser assassinado por isso.
A maioria dos professores e diretores de
escolas (públicas, principalmente) fecha os olhos para o tráfico de drogas que
corre solto DENTRO das unidades escolares.
Temem represálias.
Não querem ‘se envolver nisso’.
Combater o crime nos locais de trabalho
deveria ser visto como “risco da profissão” (afinal, a autoridade em sala de
aula é o professor).
A Lei da Execução Penal (por exemplo)
diz que juízes e promotores de justiça devem visitar presídios periodicamente.
Alguns nem pisam lá.
Outros cumprem o que diz a lei.
Mas com uma condição: acompanhados da
Tropa de Choque da PM.
Em outras palavras, “risco [minimizado]
da profissão”.
Muitos jornalistas têm medo de denunciar
casos ‘flagrantes’ de corrupção e outros crimes.
Eles podem ser vítimas de ‘pistolagem’.
Ora, mas não caberia aí o tal “risco inerente à profissão”?
LAVAGEM
CEREBRAL
No Brasil, convencionou-se apelidar de
“risco da profissão” o assassinato de profissionais de segurança pública.
É como se, uma vez sabendo dos riscos, o
policial não tivesse muito do que reclamar.
Não comunguemos desse absurdo.
Tomemos como exemplos os socorristas,
professores, promotores, juízes, jornalistas...
A noite dessa quinta-feira, 4 de fevereiro,
a Paraíba viu tombar mais um policial em serviço.
O tenente/PM Ulysses foi alvejado quando
fazia um levantamento de informações em João Pessoa, com outros colegas de
farda. Estava à paisana, mas ao que tudo indica, foi reconhecido como policial.
E assassinado por isso.
Já dissemos outras vezes e repetiremos o
quanto achamos necessário: bastaria um deputado executado por mês, em razão da
profissão que escolheu, para este país rasgar a Constituição Federal e criar um
mundo novo e belo.
Lutemos.
Avancemos.
Ocupemos as casas legislativas.
Busquemos nossa segurança jurídica.
A maioria dos países minimamente
civilizados adota pena de morte ou prisão perpétua para quem mata qualquer
cidadão (não apenas policial).
Não nos rendamos às teorias
esquizofrênicas do Brasil.
Matar policiais em razão da profissão NÃO É ‘normal’.
Matar policiais em razão da profissão NÃO É ‘normal’.
Concordou em número e grau...
ResponderExcluirTony Lima eletricista