quarta-feira, 2 de março de 2016

CASO ESCLARECIDO EM CAMPINA: PASTOR MATA UM ACUSADO DE TENTATIVA DE ASSALTO E DEIXA OUTRO FERIDO, DIZ PC

(Pistola usada pelo pastor)
A delegada Tatiana Barros e equipe de agentes concluíram as investigações de um caso ocorrido no dia 10 de fevereiro/2016 no sítio “Cardoso” em Campina Grande.
Neste dia Tiago Leandro, “Léo”, de 29 anos, foi morto a tiros e Daniel Conceição saiu ferido.
De acordo com o inquérito, os dois foram assaltar um pastor evangélico que estava num carro, atiraram nele e ele, para se defender atirou nos acusados.
O pastor sofreu um tiro de raspão na cabeça.
Até então a versão apresentada era de que Tiago “Léo”, Daniel e outros amigos tinham ido tomar banho em um açude.
Nas imediações ocorreu um tiroteio.

Os disparos atingiram o pastor, de 42 anos, que passava num carro; Daniel, que foi ferido no tórax, e "Léo" que acabou morrendo.
Daniel chegou a dizer, em contato com a polícia, que não se lembrava do que havia ocorrido.

Por alguns dias o caso ficou sem solução.
A verdade é que o evangélico reagiu a uma tentativa de assalto e atirou pra não morrer, informou a PC.
Com receio, ele disse que no dia da tentativa de assalto estava num carro preto, mas voltou atrás e afirmou que estava num veículo de outra cor.
Tatiana Barros que presidiu o inquérito falou a reportagem da TV Borborema.
“Tudo partiu das investigações realizadas pela equipe. Todas as pessoas que estavam no momento foram ouvidas pela delegacia. Todas negaram a presença de um veículo preto. Todas afirmaram que os disparos partiram de um veículo de cor branca. O pastor quando foi ouvido na delegacia apresentou um veículo de cor preta como sendo o carro que ele utilizou no momento do fato. Ele disse que o disparo que atingiu a cabeça dele, de raspão, tinha sido no momento que ele botou a cabeça do lado de fora da janela. Só que, nas diligências que nós efetuamos após as ‘oitivas’ do pastor, descobrimos que o veículo dele era de fato um veículo de cor branca e que em momento algum passou um veículo preto por lá”.
Tatiana Barros prossegue a entrevista e diz o realmente aconteceu.
“O grupo vinha do açude.  Daniel e Léo resolveram roubar o veículo onde o pastor estava. Daniel estava armado, apontou a arma de fogo para o veículo anunciando o assalto e determinou que o condutor parasse. O condutor tentou engatar a ré, o Daniel se assustou e efetuou o primeiro disparo em direção ao pastor. Ele, que estava armado, sacou da arma e efetuou o disparo em direção ao Daniel que caiu. O Léo pegou a arma e foi em direção ao carro para efetuar disparos contra o pastor, com intuito de matá-lo. Só que o pastor foi mais rápido e atingiu o Léo, e saiu no veículo em disparada. O carro ainda foi alvejado. E aí a gente já acredita que estes disparos tenham sido efetuados pelo Daniel que estava ferido, pois o Léo quando foi atingido já caiu sem vida e o Daniel pegou a arma”.
A delegada prossegue dizendo que “o pastor foi a um lugar seguro, pediu socorro aos amigos e foi socorrido. No caminho, foi notado que algumas motos estavam o seguindo e ele resolveu trocar de carro, pois ele achava que aquele carro dele, por estar com perfurações de bala, chamaria a atenção. Então ele trocou o carro branco pelo carro preto (ele veio na delegacia prestar depoimento com um carro preto).Quando chegou à delegacia ele contou essa primeira versão. Na verdade no dia do caso ele estava com o carro branco. Este carro foi guardado para evitar ser reconhecido". 
Tatiana falou ainda que “no curso das outras ‘oitivas’ a gente o chamou novamente a delegacia e aí sim ele resolveu contar a verdade, ou seja: que de fato resolveu guardar o carro, pois estava com medo de ser reconhecido e ficou receoso. Ele finalmente apresentou o carro branco e entregou a arma de fogo que ele usou”.
Indagada pela reportagem, se o pastor não agiu em legítima defesa, Tatiana finalizou: “seria uma legítima defesa, juridicamente falando”.

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