sábado, 5 de março de 2016

SENSATEZ: SECRETARIA ACOMPANHA O DIA A DIA DE OITO CRIANÇAS QUE TIVERAM A MÃE ASSASSINADA PELO MARIDO; ELAS PRESENCIARAM O CRIME

No dia três de novembro do ano passado uma mulher de 39 anos foi assassinada pelo companheiro com sete golpes de faca.
O homicídio foi presenciado pelos oito, dos nove filhos da vítima.
O acusado fugiu e pouco tempo depois a polícia civil o prendeu.
O crime aconteceu dentro de um lar desajustado, negligente e de poucas perspectivas, no Bairro Cássio Cunha Lima, em Queimadas.
O acusado é pai apenas de uma menina, a mais nova, que tem um ano e “poucos meses”.
As demais crianças são filhos de pais diferentes.
Na verdade, elas ficaram órfãs, mas a secretaria de Ação Social de Queimadas adotou imediatamente uma postura solidária em relação ao caso.
Não uma postura sensacionalista, paternalista, midiática, assistencialista ou com “fins lucrativos”, mas sim uma atitude sensata, criando perspectivas, responsável e sem estardalhaço.

A reportagem do renatodiniz.com conversou com a secretária de Ação Social Terezinha Dantas sobre como o órgão tem agido diante da situação.
“As crianças estão na companhia de familiares. A maioria com uma das tias e outras duas crianças com tias diferentes, mas a gente tem dado o suporte no sentido de os programas sociais da prefeitura acompanhar a família, como por exemplo: transferência dos benefícios do Bolsa Família para quem realmente está responsável pelas crianças. Elas foram inseridas no ‘Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculo’, ou seja: num horário elas estão na escola e em outro horário elas estão em oficinas. Estamos acompanhando no sentido de preencher a lacuna que ficou após a situação de violência pela qual elas passaram”, disse a secretária.
Terezinha informou ainda que “alguns deles, por exemplo, não tinham documentação e providenciamos isto. O CRAS, o CREAS e o Serviço de Convivência estão vigilantes diariamente. A prefeitura municipal está reformando a casa da tia que ficou com a responsabilidade legal pelas crianças, mas uma coisa é certa: todas elas querem ficar juntas, no mesmo local”.
A secretária afirmou ainda que “a gente percebeu uma mudança significativa no comportamento das crianças. A gente percebe no contato com elas. No início elas não se socializavam com outras crianças, com outros jovens. Havia um medo, uma resistência enorme por parte delas. Inclusive era difícil de elas participarem das oficinas esportivas e outras atividades. Hoje nós percebemos que elas são crianças. A gente não via isso nos semblantes delas. Era uma tristeza, um isolamento”.

Como mudança deste comportamento Terezinha Dantas citou um exemplo: “eu estive com a diretora da escola que elas estudam (que fica na própria comunidade) e ela me relatou do avanço que essas crianças tiveram, tanto na frequência, na melhoria do aprendizado, quanto na postura delas junto a outros estudantes. Antes as crianças chegavam de cabeça baixa, silenciosas, isoladas, distantes. Hoje elas chegam com altivez, com vontade, com desejo. A partir da tragédia as crianças tiveram outro encaminhamento”.
Por fim ela disse que “a gente não tem todos os mecanismos que tem uma cidade como Campina Grande, por exemplo, mas estamos agindo com determinação. O prefeito Jacó Maciel tem sido sensível aos pleitos da secretaria e isso motiva. Os programas adotados pela secretaria e oferecidos à comunidade têm surtido efeito. Estamos contribuindo com o aumento da frequência escolar, diminuindo a evasão e retirando crianças em situação de riscos”. 

3 comentários:

  1. Parabéns a prefeitura e a secretária,lembro-me deste caso fiquei emocionado e pedi a Deus que olhasse para essas crianças.

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  2. Parabéns pela atitude.
    Nosso Brasil precisa de pessoas asim que faça algo pelo próximo.

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  3. Parabéns pela atitude.
    Nosso Brasil precisa de pessoas asim que faça algo pelo próximo.

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