No dia três de novembro do ano passado
uma mulher de 39 anos foi assassinada pelo companheiro com sete golpes de faca.
O homicídio foi presenciado pelos oito,
dos nove filhos da vítima.
O acusado fugiu e pouco tempo depois a
polícia civil o prendeu.
O crime aconteceu dentro de um lar
desajustado, negligente e de poucas perspectivas, no Bairro Cássio Cunha Lima,
em Queimadas.
As demais crianças são filhos de pais
diferentes.
Na verdade, elas ficaram órfãs, mas a
secretaria de Ação Social de Queimadas adotou imediatamente uma postura solidária
em relação ao caso.
Não uma postura sensacionalista, paternalista,
midiática, assistencialista ou com “fins lucrativos”, mas sim uma atitude
sensata, criando perspectivas, responsável e sem estardalhaço.
A reportagem do renatodiniz.com conversou
com a secretária de Ação Social Terezinha Dantas sobre como o órgão tem agido diante
da situação.
“As crianças estão na companhia de
familiares. A maioria com uma das tias e outras duas crianças com tias
diferentes, mas a gente tem dado o suporte no sentido de os programas sociais
da prefeitura acompanhar a família, como por exemplo: transferência dos
benefícios do Bolsa Família para quem realmente está responsável pelas
crianças. Elas foram inseridas no ‘Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculo’,
ou seja: num horário elas estão na escola e em outro horário elas estão em
oficinas. Estamos acompanhando no sentido de preencher a lacuna que ficou após
a situação de violência pela qual elas passaram”, disse a
secretária.
Terezinha informou ainda que “alguns
deles, por exemplo, não tinham documentação e providenciamos isto. O CRAS, o
CREAS e o Serviço de Convivência estão vigilantes diariamente. A prefeitura
municipal está reformando a casa da tia que ficou com a responsabilidade legal
pelas crianças, mas uma coisa é certa: todas elas querem ficar juntas, no mesmo
local”.
A secretária afirmou ainda que “a gente
percebeu uma mudança significativa no comportamento das crianças. A gente
percebe no contato com elas. No início elas não se socializavam com outras
crianças, com outros jovens. Havia um medo, uma resistência enorme por parte
delas. Inclusive era difícil de elas participarem das oficinas esportivas e
outras atividades. Hoje nós percebemos que elas são crianças. A gente não via
isso nos semblantes delas. Era uma tristeza, um isolamento”.
Como mudança deste comportamento Terezinha
Dantas citou um exemplo: “eu estive com a diretora da escola que elas
estudam (que fica na própria comunidade) e ela me relatou do avanço que essas
crianças tiveram, tanto na frequência, na melhoria do aprendizado, quanto na
postura delas junto a outros estudantes. Antes as crianças chegavam de cabeça
baixa, silenciosas, isoladas, distantes. Hoje elas chegam com altivez, com
vontade, com desejo. A partir da tragédia as crianças tiveram outro
encaminhamento”.
Por fim ela disse que “a
gente não tem todos os mecanismos que tem uma cidade como Campina Grande, por
exemplo, mas estamos agindo com determinação. O prefeito Jacó Maciel tem sido
sensível aos pleitos da secretaria e isso motiva. Os programas adotados pela
secretaria e oferecidos à comunidade têm surtido efeito. Estamos contribuindo
com o aumento da frequência escolar, diminuindo a evasão e retirando crianças em situação de riscos”.
Parabéns a prefeitura e a secretária,lembro-me deste caso fiquei emocionado e pedi a Deus que olhasse para essas crianças.
ResponderExcluirParabéns pela atitude.
ResponderExcluirNosso Brasil precisa de pessoas asim que faça algo pelo próximo.
Parabéns pela atitude.
ResponderExcluirNosso Brasil precisa de pessoas asim que faça algo pelo próximo.