VEJA O VÍDEO
O homem que invadiu o Fórum Butantã, na
Zona Oeste de São Paulo, na quarta-feira (30/03), e manteve uma juíza refém por
30 minutos, sob a ameaça de incendiá-la, planejava matar a magistrada e se
suicidar em seguida.
Ele havia jogado líquido inflamável nele
e na mulher e com um isqueiro pretendia colocar fogo nos dois.
É
o que informa o boletim de ocorrência registrado pela polícia no 51º Distrito
Policial (DP), onde o caso é investigado.
O vendedor Alfredo José dos Santos, de
36 anos, foi preso no mesmo dia pela Polícia Militar após se distrair com
policiais que o filmavam.
O
invasor havia exigido que filmassem a juíza da Vara de Violência Doméstica
dizer que ele era inocente da acusação de ter agredido sua ex-mulher.
De acordo com o registro policial, por
conta do caso envolvendo a magistrada, Alfredo (que já respondia em liberdade por violência
doméstica) foi indiciado agora por
tentativa de assassinato, explosão e resistência.
Por esses crimes, o agressor responderá
preso.
Nesta quinta-feira (31), o vendedor foi
transferido para o Centro de Detenção Provisória.
O CASO
Para o vendedor, a culpada por ter tirado
a guarda do seu filho foi a Juíza.
Na quarta-feira, Alfredo havia sido
chamado ao fórum para uma audiência com a magistrada.
Por volta das 14h,
visivelmente abalado psicologicamente, ele invadiu o fórum correndo, com uma
mochila repleta de garrafas com líquido inflamável, passando pela segurança.
Em seguida, despejou o líquido e ateou
fogo numa escada, impedindo um vigilante armado de alcança-lo.
O segurança
ainda atirou em direção a Alfredo, mas o disparo atingiu a parede.
Sem ser barrado, Alfredo correu até o
gabinete da juíza, a agarrou pelo pescoço e despejou um produto químico nela e
nele.
Quando seguranças do fórum chegaram à
sala da magistrada, Alfredo segurava a juíza pelo pescoço.
Após negociação com a polícia, ele exigiu que
os policiais na sala também filmassem ele segurando a juíza.
Exigia que ela dissesse que ele não era
louco e era inocente.
Também pediu que chamassem a TV.
A gravação foi feita por um policial.
Veja abaixo o diálogo gravado por
celular por um policial:
Alfredo José dos Santos - “Tá filmando
isso aí?”
PM1 – “Tá.”
Alfredo – “Coloca na televisão.”
PM 1 - “Calma, calma, calma. Tenha
calma, pô! Eu quero te ajudar, pô!”
Alfredo - “Quero a televisão aqui,
agora.”
PM 1 -
“Já pedimo (sic), tá vindo.”
PM 2 – “Tá vindo.”
PM 1 - “Tô sem arma, pô. Fica calmo.”
Alfredo - “Só um minutinho. Peraí,
peraí. Eu sou louco?”
PM 1 - “Ninguém quer te prejudicar ”
Alfredo - “Fala para eles bem alto. Eu
sou louco?
PM1 – “Ela é inocente.”
Juíza – “Você não é louco.”
Alfredo – “Pera só um pouquinho... Três
vezes.”
Juíza – “Você não é louco.”
Alfredo - “Mais uma!”
Juíza – “Você não é louco.”
Alfredo - “Sou culpado de algum crime?”
Juíza – “Não. Nenhum crime.”
PM 1 – “Tenha calma.”
Alfredo – “Vocês ouviram?”
Juíza – “Nenhum crime.”
Alfredo – “Vocês ouviram?”
PM 1 – “Tá filmando.”
Alfredo – “Tá filmando isso aí?”
PM – “Tá.”
Alfredo – “Coloca na televisão.”
Ao término da gravação acima, ele foi
detido pelos policiais, rendido e preso. A juíza acabou libertada. Essa ação da
prisão também foi filmada.
(G1 São Paulo)
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