Nesta quinta-feira (31/03), por volta das
07h30, a nossa equipe (TV Borborema) deixava Central de Polícia em Campina
Grande, após sondar a área.
De repente escuto alguém chamando: ‘Renato!
Renato!
Eu olho para trás e uma garotinha diz,
com uma distância de uns dez metros: ‘eu queria lhe dar um abraço. Eu posso ir lhe abraçar?’
Eu disse: ‘pode! Venha!’
Foi um abraço diferente.
Uns bracinhos pequenos que sequer
conseguiam se encontrar no entorno da minha cintura.
Eu percebi que o abraço dela gelava e ela
tremia.
Beijei a cabeça dela, perguntei a idade e o motivo de ela estar ali, na Delegacia.
A garotinha respondeu: ‘tenho 11 anos e
estou aqui, pois meu irmão de 16 anos fez coisa muito feia comigo. Eu estou com medo.
Você me ajuda?’.
Eu respondi: ‘eu vou lhe ajudar. As pessoas
aqui vão lhe ajudar. Pode confiar’.
Ela sorriu um sorriso triste, deu um
tchau, eu entrei no carro da TV e fui para o cotidiano que me aguardava.
Aquela cena não saiu da minha cabeça.
Fiquei tão confuso que entrei em contato
com a delegada Ellen Maria (de Acidentes), ao invés de procurar diretamente as
delegadas da Infância para saber do caso.
A delegada Ellen, de pronto, me indicou
a delegada Alba Tânia que por sua vez foi consoladora e prestativa: ‘O fato
será apurado pela delegacia da Infância e Juventude, pois o autor também é menor
de idade. As providências cabíveis serão tomadas’.
A garotinha mora no Bairro Quarenta em Campina Grande.
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