A polícia civil utilizou até veículos
descaracterizados para realizar uma operação que teve início por volta das
05h00 desta terça-feira (24/05).
Um dos alvos foi a Penitenciária do
Serrotão, onde se encontra preso Adriano Pereira.
Contra ele a PC cumpriu um Mandado de
Prisão.
Ele seria o líder de um grupo, que de
acordo com a polícia, é acusado de tráfico de drogas e comércio ilegal de arma.
Além disso, pesa contra Adriano um
homicídio ocorrido no dia 10 de novembro/2015 em Campina Grande.
Ele teria ordenado o crime de dentro da
cadeia para vingar a morte do irmão, vítima de um tiro acidental também em
novembro do ano passado.
A delegada Maíra Roberta declarou em
entrevista que “tudo aconteceu após a morte de ‘Naldo lindo olhar’ que foi morto pelo
funcionário Eduardo. No dia deste caso Eduardo saiu da cena do crime com
Jeferson ‘gordinho’, numa moto. No dia do velório de Naldo, Jeferson foi
morto”.
Na ação da polícia foram apreendidos uma
pistola “380”, um revólver e aproximadamente “5.000,00 reais”.
Mais seis pessoas foras presas.
O advogado do acusado é o Paulo de Tarso
Medeiros.
ENTENDA
O CASO
A
MORTE DE NALDO “LINDO OLHAR”
Na madrugada da segunda-feira, 09 de
novembro/2015 por volta das 04h30 no Parque do Açude Novo, no Centro de Campina
Grande, um comerciante foi morto com um tiro acidental na axila.
A polícia conseguiu apurar que várias
pessoas bebiam em um bar e um funcionário da própria vítima acabou atingindo
Antônio Pereira da Silva, "Naldo", de 47 anos, também conhecido como
"Naldo lindo olhar".
Ele era proprietário do trailer
"Lindo Olhar", também no Açudo Novo.
De acordo com testemunhas ouvidas pela
delegada Tatiana Barros, após o término do expediente no trailer,
costumeiramente todos se reuniam para se divertir e jogar sinuca em um
estabelecimento no interior do Parque Osvaldo Cruz (Açude Novo), bem próximo ao
Lindo Olhar.
O
DEPOIMENTO DE “DUDU”
No dia 16 de novembro/2015 a delegada
Tatiana Barros ouviu o comerciário “dudu”.
A policial concedeu entrevista sobre
este depoimento, na Patrulha da Cidade/TV Borborema.
Pergunta: Delegada como foi explicado
esse episódio?
“Eduardo disse que abriu o tambor para
‘desmuniciar’ e teve a certeza que não puxou o gatilho, pois não empreendeu
força no dedo. Embora estivesse com o dedo no ‘cão’, não recorda em momento
algum ter puxado o ‘cão’”.
Pergunta: No depoimento, o rapaz falou
se a amizade dele com Naldo era antiga. Fazia tempo que ele trabalha no
trailer?
“Ele afirmou que trabalhou com Naldo por
aproximadamente nove anos e no mesmo estabelecimento trabalhava ele, a esposa,
além de um filho de quatorze anos”.
Pergunta: Como estava o semblante dele;
o aspecto dele durante o depoimento?
“O Eduardo aparentava estar imensamente
abatido. Durante toda oitiva (depoimento) chorava bastante. Estava bastante
preocupado com a família (o fato de não estar perto dos filhos); muito
angustiado diante do que tinha ocorrido com Naldo; Ele estava verdadeiramente
abatido”.
Pergunta: A senhora ouviu
aproximadamente vinte pessoas sobre o episódio.
A grande maioria afirmou que no momento
do incidente Naldo e o rapaz chegaram a “conversar”.
Após ouvi-lo, qual o teor desta
conversa.
Ele falou sobre isto?
“Na verdade ele afirma que depois do
tiro, o Naldo botou a mão no peito, olhou pra ele e falou: ‘car#@%*, Eduardo,
você me matou!!!’ E o Eduardo olhou pra Naldo e disse: ‘deixe de brincadeira,
rapaz!!!’. Foi quando o Naldo virou os olhos e caiu. Ele disse ainda que ficou
em cima de Naldo tentando socorrer e não lembra quem socorreu a vítima, pois
ficou em estado de choque”.
Pergunta: Diante de tudo, como a polícia
encara essa situação?
“Nós trabalhamos com fatos. Diante de
tudo que foi dito pelas vinte pessoas que foram ouvidas (embora as
investigações ainda não tenham cessado), trabalhamos com a vertente muito forte
de Homicídio Culposo”.
Pergunta: Não houve intenção, então?
“Não houve intenção, pois se tivesse
ocorrido intenção ao menos uma pessoa, das tantas que estavam presentes, teria
dito isso em depoimento, teria divergido dos depoimentos e isto não ocorreu.”
A
MORTE DE JÉFERSON JOSÉ DA SILVA
Jéferson José da Silva, 18 anos, que
morava nas Malvinas, em Campina Grande, foi assassinado às 09h40 da terça-feira
10 de novembro/2015 na Rua Raul Farias, no Presidente Médici, com dez tiros de
pistola “380” (na cabeça, pescoço, braços e pernas).
Não havia quase ninguém transitando na
rua no momento do crime, mas após a sequência de disparos muita gente apareceu para
saber do que se tratava e se deparou com um homem morto ao lado do carro dele.
Capsulas ficaram por todo canto, além de
marcas de tiros nos portões das residências.
Jeferson trafegava em um Celta de cor
prata com placas de Guarabira e foi interceptado por ocupantes de um veículo
Golf de cor vermelha.
Eles efetuaram vários disparos, Jeferson
abandonou o carro, tentou correr, recebeu mais tiros e caiu.
Não satisfeitos os assassinos
atropelaram o rapaz e segundo apurou a polícia, ainda passaram com Golf por
cima dele.
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