O sistema prisional na Paraíba
vai evitando se deixar comparar com os sistemas abomináveis do Ceará, Maranhão e
Rio Grande do Norte, por exemplo.
Graças a um monte de agentes “enxeridos”
(como bem rotulou Luís Torres, secretário de comunicação do estado) que mantêm
a lei e ordem nas masmorras espalhadas pela Paraíba.
As prisões paraibanas são verdadeiros barris de pólvora prontos para explodir, mas aqui e ali, graças aos “enxeridos”, a explosão ainda não aconteceu em sua totalidade.
O termo "enxeridos" foi usado pelo secretário diante da ameaça de paralisação dos agentes da Paraíba.
O áudio vazou e causou um reboliço danado.
Os agentes penitenciários estão em “pé de guerra” com o governo em busca de aumento salarial, melhores condições e outros benefícios.
O governo já sinalizou, segundo Luís Torres, que não vai ceder a qualquer “movimentozinho dos enxeridos”.
Essa queda de braços se transformou num prato cheio para
quem adora meter a lenha em Ricardo Coutinho, um prato cheio para quem quer
tirar proveito político, um prato cheio para quem quer agradar ao governador e
uma situação vexatória para os agentes penitenciários honestos e cumpridores do
seu dever.
Nos grupos do whatsapp “é
pau pra comer sabão e pau pra saber que sabão não se come”.
O governo tem uma linha de defesa que
vai de ótimos guardiões e auxiliares a um monte de bajuladores que em nada
acrescenta, só atrapalha.
Todo governo é assim.
A oposição tem um monte de gente séria analisando
a situação com cautela e responsabilidade, mas tem também uma “leva” de
oportunistas que chama atenção pela inércia e desconhecimento.
Toda oposição é assim.
A perspectiva é de que tudo seja
contornado.
Mas diante de notas de repúdio e de
solidariedade resta dizer que a falta de diálogo saiu vencendo e impondo
constrangimentos.
Para evitar esse disse-me-disse interminável,
Torres gravou um áudio em que deixa claro seu respeito aos agentes
penitenciários e tenta evitar criar uma situação de distanciamento entre a Granja
Santana e a Associação dos Agentes Penitenciários da Paraíba.
(Por Renato Diniz)
Tudo isso aconteceu praticamente no
mesmo dia em que o diretor da cadeia pública de Solânea, Alberto de França
Costa, foi diagnosticado tetraplégico.
A informação foi confirmada pelo neurocirurgião do Hospital de Trauma de
Campina Grande, Marcos Wagner.
O agente penitenciário foi baleado no
pescoço na noite de domingo (22/05), quando participava de uma festa em
Solânea, no Brejo do estado.
“No momento podemos dizer que Alberto
está tetraplégico. Ele teve um leve reflexo no braço direito, mas ainda é cedo
para dizer se são os movimentos que estão voltando. A lesão é muito grave e
afetou todo o movimento dos membros inferiores e superiores. Ele está
respirando pelo abdômen. O caso do paciente é muito semelhante ao do
Christopher Reeve, o ator famoso por interpretar o Super Homem”, comentou o
neurocirurgião.
O CASO
Um jovem foi preso suspeito de ter dado
fuga ao atirador, que está foragido. O delegado Diógenes Fernandes, da 21ª
Seccional de Polícia Civil de Solânea, concluiu que a ordem para executar o
diretor veio de dentro da cadeia que a vítima administrava.
Dois apenados foram
identificados e indiciados.
“Foram cinco pessoas envolvidas no
crime. Dois apenados ( que ordenaram a execução), um menor que mostrou o alvo,
o rapaz que deu fuga – que responde por homicídio – e o executor. Os detentos e
o rapaz da fuga foram levados para o PB1, em João Pessoa, o menor foi liberado
pelo Ministério Público e o atirador está foragido”, disse o delegado.
(Portal Correio)
Uma vergonha esse governo
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