*Os
interessados em contribuir com a instituição podem ligar para o telefone 9
8747-9420.
*O
número é o mesmo do WhatsApp.
*A instituição tem 22 funcionários para cuidar de 16 idosos.
*São necessários urgentemente mil doadores financeiros por mês, cada um contribuindo com "10,00 reais".
Por
Severino Lopes*
O lugar é tranquilo e convidativo para o
descanso e a reflexão.
O verde das árvores, o cantar
melancólico dos pássaros, o brotar colorido das flores, tornam o ambiente
encantador.
É nessa paisagem que se forma bem no
Agreste da Paraíba, que está situado o Lar da Sagrada Face.
O prédio com aspectos antigo, mas
conservado a estrutura original se ergue a vista de quem se aproxima em busca
de refúgio.
Ao cruzar as portas, o visitante se
depara com uma realidade dura, mas logo descobre a grandiosidade do trabalho
realizado com amor.
Histórias de sonhos, decepções,
alegrias, tristezas e abandono se multiplicam.
O Lar Sagrada Face, mostra ao mundo
moderno como os ensinamentos de Jesus, principalmente, o mandamento do “amor ao
próximo” podem ser vivido em sua essência.
As rugas no rosto de alguns idosos, o
olhar terno, o sorriso espontâneo, traduzem a experiência de vida.
Pessoas como a aposentada Maria de
Lourdes, que aos 87 anos, passa maior parte do tempo sentada na cadeira as e
com o terço na mão.
Há três anos, ela foi deixada pela
família na instituição, e desde então, mudou a sua vida.
Hoje passa maior tempo em silêncio ou
meditando os mistérios do terço.
A aposentada Odívia da Silva, de 73
anos, amputou uma perna e encontrou no Lar um refúgio para voltar a sorrir e
descobrir o sentido da solidariedade.
O Lar Sagrada Face, com sede no sítio “Rosa
Branca”, em Lagoa Seca, foi fundado há 45 anos por Frei Matias, religioso
franciscano, já falecido.
É administrado pela Diocese de Campina
Grande e dirigido pelo padre Clemente.
Atualmente a instituição tem 22
funcionários para cuidar de 16 idosos, a maioria cadeirante, que contribuem com
a aposentadoria ou benefício.
A soma dessas contribuições chegam a um
pouco mais de 9 mil reais.
A renda dos doadores fixos que
contribuem mensalmente chegam a 10 mil reais.
Já os gastos das despesas com
funcionários, encargos trabalhistas e contas fixas ultrapassam os 26 mil reais.
A instituição atravessa dificuldade e
corre o risco de fechar. Desde o mês de abril que o Lar funciona de forma
precária por conta da crise e dos aumentos com salários dos funcionários,
encargos trabalhistas e contas fixas.
Para cobrir as despesas, padre Clemente
diz que são necessários urgentemente pelo menos, mil doadores financeiros por
mês, cada um contribuindo com "10,00 reais".
Se se isso não acontecer à instituição
corre o risco de encerrar as suas atividades.
“Se não houver uma resposta real,
corremos sim o risco de fechar. Por isso estamos pedindo a população de Campina
Grande e cidades vizinhas que nos ajude, assumindo o compromisso de doar '10
reais' por mês”
apelou o padre.
Segundo o padre Clemente Medeiros, desde
o mês de abril a entidade funciona no vermelho e as dificuldades só aumentam.
Por causa da crise econômica e dos constantes aumentos, os problemas só
agravam, em especial, o financeiro, ameaçando a entidade a fechar suas portas.
"Para que possamos dá continuidade
a esse importante trabalho em benefícios dos idosos precisamos de uma resposta
urgente da sociedade. Nesse sentido, apelamos para que as pessoas que queiram
ajudar com apenas 10 reais, que o faça de forma generosa. Precisamos dos doadores
fixos para, a curto prazo, mantermos todos os serviços que prestamos e
honrarmos com as despesas”, disse o sacerdote.
Segundo o padre Clemente, ajuda também
pode ser feita através alimentos, medicações, fraudas.
Um mensageiro identificado vai à casa do
doador buscar a doação.
Os interessados em contribuir com a
instituição podem ligar para o telefone 9
8747-9420.
O número é o mesmo do WhatsApp.
O Lar da Sagrada Face era mantido
através das mensalidades do Colégio Assta, no Ponto Cem Réis, em Campina Grande,
que encerrou suas atividades e hoje é mantido através das doações de pessoas
bondosas através de um telemarketing.
O Lar da Sagrada Face sobrevive de
doações, e não tem ajuda do governo.
Sua parte externa se encontra bastante
degradada, não possui cerca nem portões adequados, e por isso tem sido alvo de
vândalos que depredaram sua fachada, colocando em risco funcionários que
trabalham no local.
As doações mensais que a instituição
recebe não conseguem suprir todas as necessidades dos idosos, que precisam de
assistência médica e psicológica, além de remédios, de produtos de higiene
pessoal e de limpeza.
*Severino Lopes é jornalista
(PB Agora)
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