A Polícia Civil da Paraíba encerrou o
inquérito do assassinato da estudante Rebeca Cristina, encontrada morta e
violentava em julho de 2011, no bairro de Mangabeira, em João Pessoa.
O cabo Edvaldo Soares da Silva, padrasto
da garota, foi indiciado pelos crimes de estupro e homicídio qualificado.
Nessa terça-feira (20), o policial teve
a prisão preventiva decretada.
O policial militar está preso desde
julho deste ano.
Ao Portal Correio, o delegado Glauber
Fontes, que há 3 anos comanda às investigações, disse que o inquérito foi
entregue ao Ministério Público da Paraíba, que ofereceu denúncia contra o
padrasto.
O juiz do 1º Tribunal do Júri, Antônio
Maroja, acolheu pedido do MP e converteu e a prisão temporária em preventiva.
“A Polícia Civil concluiu o inquérito
policial com o indiciamento do padrasto, apontando vinte e dois indícios do
convencimento da participação direta do cabo Edvaldo no estupro e morte de
Rebeca. Podemos dizer que essa primeira fase do inquérito foi concluída depois
de cinco anos de muita investigação”, disse o delegado.
Fontes revelou que um inquérito
complementar será iniciado para chegar a outros participantes do assassinato da
estudante.
“Vamos começar uma nova fase das
investigações, mas o principal participante dessa morte brutal foi
identificado, está preso e agora virou réu depois do acolhimento da denúncia
por parte do juiz. Apesar do cabo Edvaldo mentir várias vezes na tentativa de
dificultar as investigações, nós chegamos até ele”, comentou.
Conforme o delegado, entre os indícios
apontados pela Polícia Civil, destacam-se: o histórico do suspeito voltado para
prática de crimes sexuais, pois, ao longo da investigação, vários casos foram
identificados, tendo alguns se transformado em inquérito policial próprio e em
sindicância instaurada.
“No dia do crime, Edvaldo Soares não
estava escalado oficialmente para trabalhar no Presídio do Roger, como
afirmava. Ele usou a unidade prisional apenas para apresentar um álibi que não
se sustentou. Esteve ausente do presídio no dia do crime não em qualquer
horário do dia, mas, exatamente no período em que a perícia concluiu que houve
a morte da estudante Rebeca Cristina. Por diversas vezes, o suspeito tentou
tumultuar as investigações, sempre trazendo informações falsas. Quanto à
motivação do crime, trabalhamos em duas frentes: Edvaldo mantinha um
relacionamento extraconjugal e a vítima teria descoberto isso e a segunda foi
em razão de um distúrbio sexual apresentado pelo suspeito”, afirmou Glauber
Fontes.
Segundo o delegado, durante cinco anos,
foram ouvidas mais de 100 pessoas, cerca de 50 testes de DNA foram realizados e
várias linhas de investigações foram apuradas e descartadas.
O cabo Edvaldo está preso na sede do 1º
Batalhão em João Pessoa.
(Portal Correio)
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