(Marcelo) |
Erivaldo Araújo, pai de Marcelo da
Silva, jovem morto após ser atropelado por uma BMW na BR-230 em Cabedelo, na
segunda-feira (17/10), garantiu que vai buscar justiça pela morte do filho.
“Sei
que a vida do meu filho não vai voltar, mas ele [o motorista] vai ter que pagar
pelo que fez. Não quero saber se ele tem dinheiro, eu vou até o fim. Se eu
tivesse batido em algum parente dele, eu seria processado por ele”,
completou o pai do jovem garçom.
O acidente que deixou o garçom morto foi
registrado no início da noite no km 3,8 da rodovia federal.
Segundo testemunhas informaram à Polícia
Rodoviária Federal (PRF), o carro de luxo envolvido no acidente seguia em alta
velocidade, acima dos 80km/h permitidos como limite na rodovia federal.
Marcelo da Silva foi arremessado, não
resistiu ao impacto e morreu no local.
O pai do garçom, após prestar depoimento
na delegacia, disse que ainda estava abalado com o acidente.
“Estou abalado, era um menino jovem,
cheio de sonhos. Acontece uma tragédia dessas por conta de um irresponsável”, comentou.
O irmão de Marcelo, Márcio da Silva,
relatou que o garçom tinha o sonho de ser cozinheiro e trabalhar em navio,
viajando o mundo.
“[É uma] tristeza para toda a família.
Era trabalhador, não mexia com ninguém. Era do trabalho para casa e de noite
fazia o curso no IFP [Instituto Federal da Paraíba] em Cabedelo. Queria ser
cozinheiro, embarcar”, comentou a tia de Marcelo, Ana Lúcia do Nascimento.
Ela afirmou que pessoas que estavam no
local no acidente viram o carro envolvido no acidente fazendo racha na rodovia.
“O carro vinha fazendo pega, sem placa,
sem nada. Bateu nele e jogou ele lá fora. A gente só pede justiça. O que a
gente quer é justiça”, comentou.
Os moradores da área próxima ao acidente
ficaram revoltados com a morte do jovem e fecharam parte da rodovia.
MOTORISTA
FOI LIBERADO
O motorista do carro de luxo, o
empresário Antônio Gerbase Neto, de 34 anos, foi encaminhado para o Distrito
Integrado de Segurança Pública (Disp) de Manaíra, para prestar depoimento.
A delegada Deiby Ismael informou que a
princípio o empresário deve responder por homicídio culposo, quando não há
intenção de matar.
O empresário e o advogado dele não
quiseram falar sobre o caso.
Em seu depoimento, o motorista afirmou
que o jovem ficou paralisado no momento em que viu o carro e o impacto foi
inevitável por conta do trânsito.
“Ele falou que estava se dirigindo à
residência da mãe, em Camboinha, quando de repente ele viu que a vítima estava
puxando a bicicleta. Quando viu o carro, a vítima ficou paralisada, sem ação e
ele ficou sem ter como evitar o acidente devido ao trânsito. Então foi
inevitável a colisão”, comentou Deiby Ismael.
Na delegacia se recusou a fazer o teste
do bafômetro, embora segundo a delegada, o empresário não apresentasse sinais
de embriaguez.
De acordo com a Polícia Rodoviária
Federal (PRF), rejeitar ser submetido ao teste é considerado uma infração de
trânsito.
O empresário deve ser multado, ter a
carteira de habilitação apreendida e pode ter o direito de dirigir suspenso.
O fato de o empresário estar dirigindo
um veículo sem licenciamento, é considerado um ato infracional gravíssimo.
Antônio Gerbasi Neto foi autuado em
flagrante e liberado após pagamento de fiança.
A delegada informou que não vai divulgar
o valor da fiança.
A investigação continua, ele vai
continuar respondendo o processo em liberdade.
O inquérito será encaminhado para a 7ª
Delegacia Distrital de Cabedelo, para o delegado Isaías Olegário, que tem
trinta dias para concluí-lo.
O carro de luxo envolvido no acidente
vai ficar apreendido na Central de Polícia, em João Pessoa.
De acordo com a delegada Roberta Neiva,
se confirmada a alta velocidade do veículo, o crime de trânsito não
necessariamente se transforma em homicídio doloso.
"A característica principal do
crime culposo é você agir de maneira imprudente, negligente ou imperita. Então
se ele estava em velocidade acima do permitido, há uma imprudência, mas isso
não alça necessariamente a um crime doloso pelo dolo eventual. É importante que
as pessoas entendam que há uma legislação própria que permite instrumentos
como, por exemplo, a fiança", disse.
(G1 PB)
Bandido,cadeia nesse irresponsável matou um rapaz jovem que tinha muitos sonhos pra conquistar.lamentavel
ResponderExcluirForam palhaços que fizeram essas leis. E outros palhaços cumprem. Tudo isso é brincadeira. Matar nesse país virou coisa banal. Isso nos revolta, e que Deus possa dar forças a essa família.
ResponderExcluirForam palhaços que fizeram essas leis. E outros palhaços cumprem. Tudo isso é brincadeira. Matar nesse país virou coisa banal. Isso nos revolta, e que Deus possa dar forças a essa família.
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