O Ministério do Desenvolvimento Social
divulgou uma nota nesta quinta-feira (03/11) na qual informou ter convocado
para atualização cadastral 13 mil beneficiários do programa Bolsa Família que,
segundo a pasta, tiveram os repasses bloqueados em outubro por terem sido
identificados como doadores de campanhas eleitorais neste ano.
De acordo com o ministério, foi possível
identificar essas doações por meio de uma troca de informações entre a pasta e
o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Ao cruzar os dados dos beneficiários,
diz o governo, foram identificados "indícios
de inconsistência" nas doações eleitorais feitas por 16 mil
beneficiários e a renda declarada por eles (3 mil, porém, já haviam tido o
benefício cancelado por não se enquadrarem nas regras).
"O Ministério do Desenvolvimento
Social e Agrário (MDSA) está convocando para atualização cadastral 13 mil
beneficiários do Bolsa Família que tiveram os repasses bloqueados no mês de
outubro. Eles foram identificados em um cruzamento de dados feito pelo Tribunal
Superior Eleitoral (TSE), com base nas informações do Cadastro Único para
Programas Sociais do governo federal", diz a nota
enviada nesta quinta.
Ainda na nota, a coordenadora-geral de
Administração de Benefícios da Secretaria Nacional de Renda de Cidadania,
Caroline Paranayba, diz que os benefícios foram bloqueados para que essas
pessoas compareçam ao setor responsável pelo Bolsa Família e pelo Cadastro
Único nos municípios e esclareçam as informações.
"Os beneficiários do Bolsa Família
podem fazer doações a campanhas eleitorais. O que nós queremos confirmar é se a
renda que a família declarou no Cadastro Único está coerente com o valor da
doação e se, de fato, a família fez a doação registrada no TSE, pois há
indícios de uso indevido do CPF das famílias do programa", declarou
Caroline Paranayba na nota divulgada pelo Ministério do Desenvolvimento Social.
ATUALIZAÇÃO
DO CADASTRO
Segundo o ministério, esses 13 mil
beneficiários foram notificados por mensagem no extrato de pagamento e terão
seis meses para fazer a atualização cadastral.
Ao fazer essa atualização, os
beneficiários terão de levar o comprovante de doação eleitoral e a documentação
de todos os integrantes da família.
Se nesse prazo de seis meses as famílias
não procurarem o setor responsável pelo Bolsa Família, diz o governo, o
benefício será cancelado.
"Já as famílias que não se
enquadram mais nas regras do Bolsa Família serão desligadas do programa. Nos
casos em que não houve doação, mas o CPF do beneficiário consta entre os
doadores, é preciso comunicar o erro à gestão do Bolsa Família no
município",
completou o governo na nota divulgada nesta quinta.
(G1 Brasília)
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