As cadeias públicas no país tinham 70%
mais presos do que a capacidade máxima de lotação em 2015, segundo relatório
divulgado nesta terça-feira (13/12) pelo Conselho Nacional do Ministério
Público (CNMP).
O documento é o resultado de inspeções
realizadas em mais de 1,4 mil estabelecimentos prisionais e está em sua segunda
edição.
O relatório completo pode ser acessado na página do CNMP.
Com um total de 80 mil vagas, as cadeias
públicas comportavam 136 mil detentos no ano passado, segundo o CNMP.
Foram inspecionadas 748 cadeias.
A situação é pior na região Sudeste.
Na região Sul há a menor taxa de
ocupação de cadeias.
Segundo o relatório, a superlotação
ocorre, principalmente, por causa do número excessivo de presos provisórios –
cerca de 40% do total de internos, enquanto a média mundial é de 25%.
Nas penitenciárias, a lotação está em
60% acima da capacidade.
Em 2015, eram 224.360 vagas para 364.583 presos nos
523 presídios inspecionados pelo CNMP.
Ao avaliar a ocupação pelo sexo dos
detentos, a superlotação é pior nos estabelecimentos prisionais masculinos,
embora tenha sido registrado um crescimento mais acelerado da população
carcerária feminina.
Os estabelecimentos que abrigam homens
estão com 60% de presos a mais do que a capacidade.
Nos femininos, a superlotação é de 23%
acima da capacidade de acordo com os dados do relatório.
Também foram identificados problemas nas
condições de instalação.
Do total de estabelecimentos prisionais inspecionados,
apenas 490 tinham camas para todos os presos.
Em só 19% dos estabelecimentos no país
os presos provisórios são separados dos que cumprem pena, e em apenas 10% os
presos primários são separados dos reincidentes.
(Por G1, São Paulo)
Joga uma bomba encima fo presidio k esvazia
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