Um casal foi preso suspeito de trocar a
filha de apenas sete meses por uma moto em São Lourenço, Sul de Minas Gerais.
Outras duas pessoas, que teriam ficado
com a criança, foram detidas em Santa Rita do Sapucaí/MG nesta segunda-feira
(12/12).
De acordo com o Conselho Tutelar de
Soledade de Minas, a denúncia foi feita por um parente do casal que desconfiou
do sumiço da menina.
A conselheira Sandra Silva Nascimento
diz ainda que após a primeira denúncia, várias pessoas ligaram informando sobre
o caso.
"Nós, ao chegarmos ao local, nós
encontramos já a Polícia Militar de São Lourenço. Os pais estavam sendo
indagados por eles e realmente a criança não estava na residência. Durante a
nossa conversa com eles, ela entregou o endereço que supostamente a criança
estaria",
afirmou Sandra.
A Polícia Militar foi acionada e
encontrou a criança com um casal em Santa Rita do Sapucaí.
Tanto o homem quanto a mulher foram
detidos e levados para a delegacia da cidade, onde negaram a troca.
Segundo os suspeitos, a menina havia
sido levada para a cidade para ser batizada. Como não houve flagrante, eles
foram ouvidos e liberados em seguida.
"A notícia é que a suposta entrega
da criança não teria ocorrido ontem, ou seja, tinha mais de 24h. Teria sido já
alguns dias atrás. Então a delegada de polícia entendeu que não havia o estado
de flagrância", explicou o delegado regional Luciano Belfort.
A moto que teria sido usada como moeda
de troca foi apreendida e avaliada em cerca de “4.800,00 reais”.
A menina foi levada para um abrigo, onde
permanece sob a custódia do Estado.
Se a troca for comprovada, os pais da
criança podem perder a filha.
"Vai depender do andar desse
processo, a investigação. Se for comprovado o fato, aí pode sim perder o poder
familiar",
acrescentou a conselheira tutelar.
Segundo o delegado, a prisão provisória
dos envolvidos pode ser pedida a qualquer momento.
"As investigações, como o caso é
muito grave, vão ser rápidas. Inclusive eu conversei hoje cedo já com o
delegado de Santa Rita do Sapucaí, o doutor Mário. Ainda tem pessoas para serem
ouvidas lá. O objetivo é a gente tentar concluir o mais rápido possível e ao
final do IP (inquérito policial), representar junto à Justiça para uma possível
prisão provisória", concluiu Belfort.
(Do G1 Sul de Minas)
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