Foto: Ueslei Marcelino/Reuters (Temer: nome citado 43 vezes) |
Nas 82 páginas de seu depoimento de
delação premiada na Lava Jato, o ex-diretor de relações institucionais da
Odebrecht Cláudio Melo Filho cita os nomes de 51 políticos de 11 partidos.
Ele era o responsável pelo
relacionamento da empresa com o Congresso Nacional e trabalhava na Odebrecht há
27 anos, sendo 12 deles em Brasília.
Cláudio era homem de confiança de
Marcelo Odebrecht, ex-presidente da empreiteira que está preso em Curitiba.
Formado em administração de empresas,
Cláudio Melo Filho trabalhou em obras em Goiás e no metrô do Distrito Federal.
Em 2004, assumiu a diretoria de relações
institucionais substituindo o pai, Cláudio Melo – que foi quem o apresentou a
alguns políticos com os quais se relacionaria.
No acordo de delação premiada com a Lava
Jato, Cláudio diz que dava prioridade para as relações com políticos de grande
influência no Congresso.
Também identificava aqueles que chamava
de “promissores”: políticos em ascensão e que, no futuro, poderiam defender os
interesses da Odebrecht.
Em março, Cláudio Melo Filho foi levado
pela Polícia Federal para prestar depoimento na 26ª fase da Lava Jato, batizada
de operação Xepa, que descobriu o setor exclusivo para pagamento de propinas
que funcionava na Odebrecht.
Em maio, o ex-diretor foi denunciado
pelo Ministério Público Federal na operação Vitória de Pirro, acusado de
oferecer “5 milhões de reais” ao ex-senador Gim Argello para blindar executivos
da Odebrecht na CPI da Petrobras.
Porém, o juiz Sérgio Moro avaliou que as
evidências eram frágeis e não aceitou a denúncia.
O delator está em liberdade.
Cláudio Melo Filho também foi citado na
operação Acrônimo, que investiga um esquema de lavagem de dinheiro em campanhas
eleitorais.
DELAÇÃO
O acordo de delação que Cláudio Melo
Filho está negociando com os investigadores da Lava Jato envolve a cúpula do
PMDB em um esquema de repasse de propina em troca de apoio a projetos de lei de
interesse da Odebrecht.
Segundo o delator, o “núcleo dominante”
no Senado era formado por Romero Jucá (RR), pelo presidente do Senado, Renan
Calheiros (AL) e por Eunício Oliveira (CE).
Na Câmara, Cláudio afirmou que
concentravam as arrecadações Eliseu Padilha, Moreira Franco e Michel Temer.
(Por G1)
Deixa o VAMPIRO BRASILEIRO trabalhar !
ResponderExcluirna CADEIA junto do LUL@ e da D1ma