Manifestantes se reuniram na manhã deste
domingo (04/12) em frente ao Congresso Nacional, em Brasília, em um ato a favor
da operação Lava Jato e contrário às mudanças no projeto de lei com medidas
anticorrupção.
Segundo a Secretaria de Segurança
Pública do Distrito Federal, entre 4 mil e 5 mil pessoas estiveram no gramado
no auge do protesto.
Organizadores estimaram a presença de 10
mil pessoas.
O protesto começou pouco depois das 10h00,
no gramado em frente ao Congresso.
Em meio à chuva forte, lideranças dos
movimentos anunciaram o fim do ato por volta das 12h15, em um dos carros de som
posicionados no local.
A manifestação foi pacífica, segundo as
forças de segurança.
Durante o ato, os manifestantes cantavam
o Hino Nacional e gritavam palavras de ordem contra parlamentares – incluindo o
presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) – e a favor do juiz Sérgio
Moro.
Ratos de papel e de plástico foram
jogados no espelho d'água em frente ao Congresso.
Segundo os participantes do protesto, os
animais representavam uma crítica aos deputados e senadores.
RENAN
E LAVA JATO
Um dos principais alvos do protesto,
Renan Calheiros foi desenhado como um rato num caminhão de som que animou os
manifestantes.
Na semana passada, o parlamentar se
tornou réu pela primeira vez no Supremo Tribunal Federal (STF), por suposto
desvio de verba de gabinete.
O peemedebista é também o principal
defensor de uma proposta que busca atualizar a atual legislação contra o abuso
de autoridade.
O projeto de lei de sua autoria recebeu
críticas do juiz Sérgio Moro e da força-tarefa do Ministério Público
responsável pela Operação Lava Jato.
Para magistrados e procuradores, se
aprovado, o texto vai inibir as investigações e punições contra a corrupção.
'RENAN
CALHEIROS ENTENDE QUE AS MANIFESTAÇÕES SÃO LEGITIMAS', DIZ PRESIDÊNCIA DO
SENADO
A votação do projeto foi marcada para a
próxima terça-feira (06) no plenário do Senado.
Na última quarta-feira (30/11), Renan
sofreu uma derrota na Casa ao tentar aprovar o regime de urgência para acelerar
a tramitação das mudanças promovidas pela Câmara nas medidas contra a corrupção
propostas pelo Ministério Público.
Assim como o projeto de Renan, o texto
prevê uma série de punições a juízes e procuradores.
Neste domingo, a presidência do Senado
disse que Renan afirmou que "entende
que as manifestações são legítimas".
Procurada, a Câmara dos Deputados disse
que "recebe com atenção e respeito as manifestações que são legítimas e
democráticas" e que "manifestações
desse tipo, em caráter pacífico e ordeiro, servem para oxigenar nossa jovem
democracia e fortalecem o compromisso do Poder Legislativo com o debate
democrático e transparente de ideias".
(G1 Brasília)
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