Muitos consideram que 2016 foi um ano
ruim, mas 2017 se anuncia como um ano pior.
Ao menos para os católicos que acreditam
no milagre de São Januário.
Desde 1389, o sangue seco do santo
armazenado numa relíquia se liquefaz em três datas anuais, sendo uma delas o
dia 16 de dezembro.
Porém, na cerimônia da última
sexta-feira, o milagre não aconteceu.
De acordo com a tradição, o fato de a
liquefação não acontecer prenuncia um grande desastre. Foram poucas as vezes
que isso aconteceu ao longo dos últimos 627 anos. Numa delas, em 1527, dezenas
de milhares de pessoas morreram pela praga; em anos mais recentes, em 1939,
começou a Segunda Guerra Mundial.
“Nós não devemos pensar em desastres e
calamidades”,
afirmou o monsenhor Vincenzo De Gregório, abade da Capela Real do Tesouro de
São Januário em Nápoles, na Itália, ao jornal italiano “La Stampa”.
“Nós somos homens de fé e devemos
continuar rezando”.
Anualmente, o milagre da liquefação
acontece no sábado anterior ao primeiro domingo de maio, em homenagem à Virgem
Maria; no dia 19 de setembro, dia de São Januário; e no dia 16 de setembro, em
referência à erupção do Monte Vesúvio de 1631, que teria sido contido após uma
estátua do santo ser exposta para o vulcão.
Segundo a tradição católica, São
Januário foi bispo da arquidiocese de Benevento que se opôs à perseguição
romana e acabou condenado à morte em 305 por decapitação.
Seu corpo e sua cabeça foram recolhidos
por um senhor de idade, e levados para um local seguro, onde uma mulher encheu
um frasco com seu sangue, que seria o que está guardado até hoje na relíquia.
(Por O Globo)
Variação de temperatura devido a mudança climática.
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