O Ministério Público do Ceará investiga
a construção de um elevador instalado em uma escola pública no Bairro Quintino
Cunha, em Fortaleza.
Conforme a 16ª Promotoria de Justiça de
Defesa da Educação, o elevador, que custou “50.000,00 reais”, dá "acesso a um lugar inexistente".
A Secretaria Municipal da Educação informou
que o projeto de reforma da escola Denizard Macedo inclui uma passarela
metálica entre os dois andares, que permite acesso do elevador para o segundo
andar da escola.
“Eu não havia conseguido compreender a
denúncia do cidadão, de que o elevador 'não tinha chão', então, eu fui à escola
para entender. Foi quando constatei esse absurdo. Mesmo o espaço já possuindo
rampa de acessibilidade, foi construído um elevador que não leva a lugar algum
e que custou aos cofres públicos mais de R$ 50 mil, além de um valor que é pago
periodicamente para manutenção do equipamento”, explicou a titular da
16ª Promotoria de Justiça.
Antes, em 2014, uma vistoria técnica do
MPCE constatou irregularidades na infraestrutura da escola.
Dentre os problemas, estava a falta de
acessibilidade no prédio, principalmente nos banheiros e biblioteca.
O MPCE informou que foi firmado um Termo
de Ajustamento de Conduta (TAC) com a Prefeitura de Fortaleza para regularizar os
itens comprometidos, incluindo a realização de obras de adaptação de
acessibilidade aos alunos com necessidades especiais e mobilidade reduzida.
“É garantido que o Ministério Público vai
apurar as responsabilidades pelo ocorrido e já estamos requerendo à Prefeitura
de Fortaleza mais detalhes sobre o caso”, afirmou o órgão.
Em nota, a SME ressaltou que a empresa
responsável pelas obras dará início à construção da estrutura que deve ligar os
dois andares até a próxima segunda-feira (16).
A previsão da pasta é que a obra seja
concluída no prazo de 60 dias.
(G1 CE)
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.