O procurador do Município de Campina
Grande José Mariz revelou que devido a uma decisão judicial o prefeito Romero
Rodrigues está impedido de fazer qualquer alteração nos valores da tarifa de
ônibus que vier a ser aprovada pelo Conselho Municipal de Transporte.
Segundo Mariz, os dois consórcios que
comandam as empresas de ônibus da cidade acionaram a Justiça e conseguiram uma
decisão proferida pela juíza Ana Carmen Pereira Jordão proibindo a STTP e o
prefeito de fazer qualquer modificação na tarifa.
“Essa decisão impede que se homologue um
valor de tarifa diferente do que foi deliberado pelo Conselho”, explicou Mariz.
Ele avisou que a Prefeitura vai entrar
com um recurso, mas se a tarifa for aprovada no conselho antes da uma resposta
a essa ação, vai vigorar a tarifa aprovada pelo órgão.
As declarações foram dadas em entrevista
à Rádio Panorâmica FM.
O diretor da Superintendência de
Trânsito e Transportes Públicos de Campina Grande (STTP), Félix Neto, confirmou
na manhã desta quarta-feira (11) que recebeu uma provocação do Sindicato das
Empresas de Transporte Urbano (Sitrans) para reajustar a passagem de ônibus no
município.
Atualmente a tarifa custa R$ 2,75.
Segundo Félix, o Sitrans, através de uma
planilha de gastos encaminhada para a STTP, sugere a nova tarifa em torno de “3,00
reais”.
O superintende explicou que nada está
definido e que o valor deverá ser discutido com a população em reuniões.
“Recebemos a proposta com cautela e vamos
analisar a planilha com o setor técnico da STTP e com a população em geral. As
universidades serão convidadas para analisar a planilha também”, declarou.
A data da reunião para discutir a nova
tarifa ainda não está definida.
O Sitrans justifica a necessidade de
aumento devido ao encarecimento dos insumos para realização do serviço.
Após apreciação do Conselho Municipal de
Transportes de Campina Grade (Comut), a tarifa deve ser sancionada pelo
prefeito Romero Rodrigues (PSDB).
As informações foram veiculadas na rádio
Correio FM.
Sobre a questão do reajuste de passagens
de ônibus na cidade, que atualmente é de R$ 2,75, o diretor do Sindicato das
Empresas de Transporte Urbano de Campina Grande (Sitrans), Anchieta Bernadino,
declarou que agora, após decisão judicial, a figura do prefeito é irrelevante
na definição de uma nova tarifa.
Tradicionalmente, o conselho tarifário
se reunia para estudar e indicar um novo valor e a decisão era homologada pelo
prefeito. Bernadino explicou como vai acontecer o processo a partir de agora.
“Quem aprova a tarifa é o conselho, o
prefeito pode discordar do valor apresentado, mas a Prefeitura terá que pagar
subsídio”, afirmou.
O Sitrans, inclusive, entrou na Justiça
e cobra um valor de mais de “5 milhões de reais” pelas vezes em que a tarifa
foi aprovada pelo conselho e redefinida pelo prefeito em exercício.
“A prática disso era muito grande, mas não
tiveram o cuidado em ler a legislação. Como o sistema (Sitrans) foi vítima,
tivemos muito cuidado em ler. Fomos à Justiça pedir em juízo o valor da
diferença aprovada. Por exemplo, no reajuste passado o Conselho aprovou R$
2,90, mas o prefeito assinou como R$ 2,75”.
O representante do Sitrans acredita que
a Prefeitura será condenada a pagar os valores requisitados.
O novo valor para a tarifa de ônibus em
Campina Grande ainda não foi oficialmente apresentado, mas, segundo informações
do diretor da STTP, Félix Neto, poderá girar em torno de “3,00 reais”.
As informações foram repercutidas na
rádio Campina FM.
(Por Paraiba online)
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