O Porta-voz do governo federal,
Alexandre Parola, afirmou nesta terça-feira que o presidente Michel Temer
decidiu colocar as Forças Armadas à disposição dos governadores para operações
específicas em presídios.
A declaração à imprensa no Palácio do
Planalto aconteceu logo após reunião de Temer com representantes de órgãos de
inteligência federal e ministros para discutir ações contra a violência nos
presídios brasileiros e contra o crime organizado.
"O presidente da República coloca
à disposição dos governos estaduais o apoio das Forças Armadas. A reconhecida
capacidade operacional de nossos militares é oferecida aos govenadores para
ações de cooperação específicas em penitenciárias”, afirmou o
porta-voz.
Segundo ele, a ida de militares para os
estados dependerá do aval dos governadores.
De acordo com Parola, as Forças Armadas
irão entrar nos presídios para fazer inspeções de rotina e buscar materiais
proibidos.
“Haverá inspeções rotineiras dos presídios
com vistas à detecção e à apreensão de materiais proibidos naquelas
instalações. Essa operação visa a restaurar a normalidade e os padrões básicos
de segurança dos estabelecimentos carcerários brasileiros”,
acrescentou.
MINISTRO
DA DEFESA
Após o anúncio de Parola, o ministro da
Defesa, Raul Jungmann, afirmou que não haverá contato direto entre os militares
e os presos. Ele explicou que as varreduras serão periódicas e acontecerão
"de surpresa".
Segundo Jungmann, para que as Forças
Armadas atuem nos presídios, será necessário que os governadores solicitem um
decreto de Garantia da Lei da Ordem (GLO) ao presidente, que vai determinar o
envio dos militares.
"Entretanto, as Forças Armadas não
vão lidar com os presos. Esse papel vai ficar com as polícias e com os agentes
penitenciários", acrescentou.
A decisão de o governo ceder militares
para os estados será publicada na edição desta quarta (18/01) do "Diário
Oficial da União".
"Neste caso, o instrumento legal
será uma GLO, uma Garantia da Lei e da Ordem, ou seja, o governador,
solicitando ao presidente, o presidente vai, então, editar um decreto de GLO e,
obviamente, essas operações, elas serão coordenadas plenamente pelas Forças
Armadas", explicou o ministro.
O ministro não deu mais detalhes sobre a
quantidade de militares que vão auxiliar na operação, sobre quanto será gasto
na operação e nem a data de início do envio das tropas.
"Os detalhes serão divulgados
amanhã", disse.
O governo marcou uma entrevista coletiva
no Ministério da Defesa para as 10h00 desta quarta (18).
AÇÃO
DO GOVERNO
Alexandre Parola disse que Temer decidiu
lançar as medidas de apoio aos governos estaduais "diante da crise",
o que, segundo ele, "exige a ação
extraordinária do governo federal".
Entretanto, o porta-voz ressaltou que os
estados continuam sendo os responsáveis pelos presídios constitucionalmente.
"Diante da crise no sistema
penitenciário nacional, o presidente da República decidiu lançar novas medidas
de apoio aos governos estaduais, que são os responsáveis constitucionais pelos
estabelecimentos carcerários. Sem prejuízo desta responsabilidade, é fato que a
crise ganhou contornos nacionais, o que exige a ação extraordinária do governo
federal", declarou.
A iniciativa do Planalto acontece logo
depois de diversos governadores pedirem o reforço da Força Nacional para a
segurança dentro dos presídios estaduais.
Apesar de fazer um policiamento mais
ostensivo nos estados quando solicitada, a tropa não pode entrar nas
penitenciárias.
FORÇA
NACIONAL
Nesta terça, o governador do Rio Grande
do Norte, Robinson Faria, pediu reforço da Força Nacional para intervir e
entrar na Penitenciária de Alcaçuz, onde 26 detentos morreram após rebelião,
além de "promover a retomada do controle no sistema prisional",
segundo carta enviada ao governo federal.
No início do mês, os governos do
Amazonas e de Roraima também pediram ajuda à Força Nacional após massacres em
presídios de Manaus e Boa Vista.
O governo de Roraima chegou a anunciar,
inclusive, que os agentes da Força Nacional atuariam dentro e fora das unidades
prisionais, o que foi prontamente corrigido pelo Ministério da Justiça.
(Por Luciana Amaral, G1, Brasília)
Tenho certeza que quem tem que ser reeducado é o poder pós essas armas entram por quem trabalha no sistema assim como os celulares em fim o mau vem de fora pra dentro
ResponderExcluirTem que ver quem trabalha se tem.ficha limpa.trabalho dentro do sistema prisinal tem que saber quem está sendo e ter histórico de antecedência do funcionário que vai exercer serviços
ResponderExcluirPrisional
ExcluirConcordo plenamente
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