Ciúme.
Este foi o motivo apresentado pelo
marido de Aline Albuquerque da Silva, morta na frente dos filhos quando chegava
em casa, em Campina Grande, no dia 21 de dezembro, acusado de ter sido o
mandante do crime.
"A primeira justificativa dele foi
que teria mandado matar porque ela era muito ciumenta e eles brigavam muito",
disse a titular da Delegacia de Homicídios da cidade, delegada Ellen Maria,
nesta segunda-feira (13/02).
Aline foi assassinada a tiros na
presença dos filhos, quando chegava em casa com o marido, no bairro de
Bodocongó.
Latrocínio seria a primeira linha de investigação, mas a Polícia
Civil, na ocasião do crime, não descartava a possibilidade de ter sido
execução.
Na quinta-feira (9), a polícia tinha
apresentado a tese de que o marido da vítima era o mandante do crime e o homem,
de 44 anos, foi preso no sábado (11) na cidade de Paulista, em Pernambuco.
Ele foi indicado como mandante pelos
dois suspeitos presos na quarta-feira (8), apontados como o homem que atirou na
jovem, de 18 anos, e o condutor da moto que deu fuga a ele, que tem 25 anos.
O delegado Antônio Lopes, que presidiu
as investigações, já tinha adiantado que a vítima teria descoberto que o
companheiro estaria envolvido em crimes patrimoniais e por isso ele teria
mandado matá-la.
"Uma espécie de queima de arquivo",
compara.
Esses crimes estão sendo investigados
pela polícia, que mantém os detalhes em sigilo.
ARREPENDIDO,
MAS FRIO
Segundo a delegada Ellen, o homem
demonstrou arrependimento, mas "o tempo todo demonstrou frieza e
desumanidade".
Sobre o fato da mulher ter sido morta na
frente dos filhos, a delegada relata que "ele disse que na hora não pensou
nisso" porque "o planejamento do crime foi muito rápido".
"Ele diz que nas brigas, sempre
era ameaçado pela mulher. Ela ameaçava entregar ele à polícia, por crimes de
roubo", disse a delegada nesta segunda.
O caso passa para o Ministério Público e
segue para julgamento.
Já os dois suspeitos que foram presos
anteriormente foram transferidos para o Completo Penitenciário do Serrotão.
Segundo a delegada, ele e os dois
comparsas devem ser indiciados por homicídio qualificado, mas pode haver outros
indiciamentos em delegacias de outras especialidades por conta dos crimes
descobertos pela vítima.
DEPOIMENTOS
CONTRADITÓRIOS
Na época do crime, em depoimento, o
marido da vítima disse que o atirador anunciou o assalto, a esposa se assustou
soltando uma sacola no chão e o rapaz atirou.
Mas, segundo Antônio Lopes, em seu
depoimento o atirador disse que Aline tinha uma dívida com ele e que teria ido
cobrar essa dívida.
Esse foi o primeiro ponto de desencontro
dos depoimentos.
O jovem acabou contado à polícia sua
relação com o marido da vítima.
A delegada Ellen Maria já tinha afirmado
que havia fatos que levavam a crer em execução, como o tempo da ação do
criminoso e o fato dele ter atirado quando ela já estava caída.
A polícia pede ajuda da população para
encontrar o homem através de denúncias pelo 197.
IMAGENS
O sistema de monitoramento de câmeras de
um condomínio que fica próximo à casa da vítima registrou o momento em que um
homem de casaco azul vai em direção à mulher e ao marido dela. A ação dura
cerca de 15 segundos.
O atirador chega na rua sem disfarces e,
após o crime, volta encapuzado e correndo.
Ele usa uma moto para fugir que está em
rua paralela.
(G1 PB)
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