O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu
nesta quinta-feira (16) obrigar o governo do Mato Grosso do Sul a indenizar em
dinheiro um preso que era mantido em situação degradante no presídio de
Corumbá.
Com a decisão, a Corte admitiu a
possibilidade de o poder público reparar financeiramente danos morais causados
a detentos submetidos a condições precárias, superlotação ou maus tratos, por
exemplo.
A decisão tem repercussão geral, portanto,
deverá ser aplicada em casos semelhantes que tramitam em outras instâncias.
Neste
caso específico analisado pelo Supremo, a indenização foi fixada em “2.000,00
reais”, mas o valor vai variar de acordo com cada caso e conforme a quantia que
o preso pedir à Justiça.
O Ministério da Justiça informou que não
se pronunciará sobre o assunto.
Dos 10 ministros que participaram do
julgamento, todos concordaram que, como responsável pela integridade física e
psíquica dos presos, o Estado deve compensar eventuais sofrimentos infligidos a
eles.
Houve somente divergência quanto à forma
de reparação: os ministros Luís Roberto Barroso, Luiz Fux e Celso de Mello
propuseram a diminuição do tempo de pena em vez de pagamento em dinheiro.
Outros 7 ministros, contudo, votaram
pela indenização financeira.
O
QUE DISSERAM OS MINISTROS
O relator do caso era o ministro Teori
Zavascki, que morreu em janeiro deste ano após acidente aéreo no Rio de
Janeiro.
Teori votou a favor da indenização em
dezembro de 2014, quando começou o julgamento.
"É dever do Estado mantê-lo [o
preso] em condições carcerárias de acordo com mínimos padrões de humanidade
estabelecidos em lei, bem como, se for o caso, ressarcir os danos causados que
daí decorrerem."
Em 2015, quando a ação voltou a ser
discutida no Supremo, Luís Roberto Barroso propôs a substituição do dinheiro
por redução da pena, sob o argumento de que as verbas públicas devem ser
destinadas preferencialmente para a melhoria do sistema carcerário como um todo
e só excepcionalmente para reparar danos sofridos individualmente por um preso.
"A entrega de uma indenização em
dinheiro confere uma resposta pouco efetiva aos danos morais suportados pelos
detentos, além de drenar recursos escassos que poderiam ser empregados na
melhoria das condições de encarceramento".
Houve controvérsia, no entanto, sobre a
possibilidade de o STF criar uma nova modalidade de remição, não prevista em
lei.
Para alguns ministros, tal tarefa
caberia somente ao Congresso.
Nesta quinta, o decano da Corte, Celso
de Mello, disse que tratamento desumano a presos é "inaceitável".
"Nesse caso, o interno não tinha
espaço para dormir, encostando sua cabeça no vaso sanitário. Esse comportamento
por parte do Estado é desprezível, inaceitável! É necessário fazer-se respeitar
um dos mais expressivos fundamentos que dão suporte ao Estado democrático de
direito, que é a dignidade da pessoa humana."
(G1 Brasília)
vai chegar que todas as pessoas querer ficar preso com esses beneficios que o governo estar dando
ResponderExcluirIsso é uma imoralidade...a que ponto vamos chegar ? Manda teori adotar esse preso e levar pra morar com ele...ele está preso porque cometeu algum crime...se tivesse trabalhando ou rezando não o teria cometido... BEM VINDO AO BRASIL ONDE BANDIDOS TEM TRATAMENTO 5 ESTRELAS e O CIDADÃO É O VERDADEIRO BANDIDO.
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