Policiais civis da Divisão de Homicídios
em Campina Grande prenderam nesta terça-feira (25/04), mediante Mandado de
Prisão por Condenação Definitiva, um homem acusado de matar a própria mulher no
dia 11 de janeiro 2012.
A vítima foi Gabriele de Farias, então
com 21 anos de idade.
O crime ocorreu nas Malvinas.
Ela foi encontrada enforcada dentro de
casa, mas as investigações concluíram que não foi suicídio.
A jovem teria sido morta por asfixia
pelo próprio marido.
Thiago Pereira Fernandes, lutador de
jiu-jítsu, já havia sido condenado pelo crime a 17 anos de prisão em júri que
começou no dia 31 de outubro de 2013 e terminou no dia seguinte.
No entanto, ele não ficou preso.
Seus advogados conseguiram recorrer da
sentença com Thiago em liberdade, mas este ano TJPB manteve a condenação por
unanimidade.
O Mandado de Prisão foi expedido no dia
sete de abril.
ENTENDA
O CASO
A alegação inicial foi suicídio, porém
provas substanciais apontaram o contrário.
Ele foi preso no velório da mulher,
acusado forjar o suicídio dela.
Tiago, com 25 anos de idade, ficou preso
no Complexo Penitenciário do Serrotão, em Campina Grande de janeiro de 2012 a
até 09 de julho de 2013.
A soltura (“liberdade provisória”) foi
determinada pelo Juiz Alberto Quaresma do 2º Tribunal do Júri da comarca de
Campina Grande.
O delegado Francisco Assis Silva que
presidiu o inquérito descobriu, com seus agentes que o casal não tinha um bom
relacionamento.
Na época afirmou o delegado: “No
laudo do Núcleo de Medicina e Odontologia Legal há a informação de que a vítima
teve uma lesão na cabeça. E nós ouvimos aqui testemunhas que afirmam
categoricamente que o nó encontrado na corda, no pescoço da vítima, é idêntico
ao usado pelo acusado durante os seus treinamentos. Ele mesmo, em depoimento,
admitiu que a jovem não seria capaz de efetuar um nó como aquele”.
A família do lutador nunca acreditou na
culpa dele.
Também na mesma época o advogado de
Tiago Pereira, Bruno Cadé, afirmou que todos os indícios apresentados pela
polícia eram insuficientes para comprovar a culpa.
Disse ele: “Não houve crime. O nosso
constituinte é inocente e isso ficará sem dúvida alguma provado no processo”.
O
JULGAMENTO EM 2013
O
julgamento durou quase 48 horas.
O júri começou por volta das 09h30 do 31
de outubro e só terminou na tarde desta
sexta-feira, 1º de novembro.
O Tribunal do Júri estava tomado por
estudantes de direito, representantes de órgãos que atuam em defesa da mulher e
familiares da vítima e do réu.
14 testemunhas foram arroladas pela
defesa e acusação.
Ele foi condenado a 17 anos de prisão,
mas não ficou preso.
O júri foi presidido pelo Juiz Falcandre
de Souza Queiroga.
Na defesa do réu: O advogado Félix
Araújo filho.
Ministério Público foi representado pelo
promotor Osvaldo Barbosa que teve como assistente o advogado Afonso Villar.
O
QUE DISSE O MINISTÉRIO PÚBLICO EM 2013
“O
réu apesar de ter sido condenado tem o direito de recorrer em liberdade da
sentença que o condenou. Agora é esperar a decisão do Tribunal de Justiça que
pode decidir pela manutenção da pena, diminuição ou anulação do Júri”.
O
QUE DISSE A DEFESA DO RÉU EM 2013
“O caminho, agora, é o recurso de apelação ao TJ/PB.
O
Réu, enquanto estiver recorrendo, não poderá ser preso.
Na
sentença, o Juiz reconheceu o direito de Thiago apelar em liberdade. Portanto,
ficará livre até que termine a decisão sobre o recurso”.
Ele é servidor da UFCG:
ResponderExcluirhttp://www.portaldatransparencia.gov.br/servidores/Servidor-DetalhaServidor.asp?IdServidor=1987039
Vai ficar recebendo?