(Antônio "mijado": acusado de mandar matar comerciante) |
Antônio Arlindo Silva, o “Antônio
mijado”, de 55 anos, de acordo com as investigações da 12ªDSPC, foi o mandante do
assassinato do qual foi vítima o comerciante Cícero Martins de Sousa, conhecido
como "novinho".
("Mijado" e "jacaré": presos em menos de 12 horas) |
Cícero, então com 39 anos, foi
encontrado morto por volta das 07h00 do dia 14 de setembro de 2015 dentro
do carro dele em um canavial do sítio “Buraco D’água”, em Alagoa Nova.
Na noite de 13 de setembro, por volta
das 22h00, o comerciante foi assaltado e sequestrado por quatro homens no sítio
“Juá”, em Matinhas, na região de Campina Grande.
Ele estava em casa com a família e na
presença dos filhos dele, os assaltantes colocaram a vítima no “capô” da
“picape” e saíram em alta velocidade.
Um dos bandidos usava um capuz.
Onde o comerciante foi encontrado fica
distante 25 km do local do sequestro.
Cícero foi encontrado dentro do carro
dele, uma caminhonete S10.
Ele estava no banco do carona e foi
assassinado com um tiro no pescoço e outro na cabeça.
Trabalhadores que passavam na estrada
observaram uma caminhonete de cor prata parada no meio do canavial e um homem
na cabine.
Chaves de dois veículos foram deixadas
no carro.
A vítima teve as mãos amarradas com
punhos de rede.
As marcas ficaram nos pulsos dele.
Ele estava sem os sapatos.
A
ELUCIDAÇÃO
Em menos de 12 horas, no dia 14 de
setembro/2015, policiais civis desvendaram o caso e prenderam
inicialmente um dos executores, Diego Idelfonso do Nascimento, de 19 anos, o
"jacaré".
("Novinho": vítima) |
Ele confessou o crime aos investigadores
criminais e para delegado Henry Fábio, Cláudio Manoel e Jorge Luís.
“Jacaré” não só confessou como também
entregou o mandante e os outros dois comparsas que participaram da execução.
O mandante foi Antônio Arlindo
Silva, “Antônio mijado”, de 53 anos, que era vizinho da vítima.
Os comparsas da execução foram o Antônio
(Paulo) Apolinário, morto em dezembro de 2015, durante confronto com a PC, e
Adailton Lúcio da Costa, conhecido como “bacurim”, que também tombou em
confronto com a PC, em fevereiro de 2016.
O
MOTIVO DA MORTE
“Jacaré” disse que “mijado” tinha uma
rixa com “novinho” e pagou para que o comerciante fosse executado.
O valor foi de “2.000,00 reais”, porém esta quantia não foi confirmado pela PC.
A confusão entre vítima e mandante foi em
2014.
COMO
A PC DESCOBRIU O CRIME
Uma Câmera de segurança instalada na
mercearia do comerciante ajudou a polícia a desvendar todo mistério
("Jacaré": abriu o jogo) |
As imagens mostraram um dos acusados
dentro do estabelecimento, com um revólver e minutos depois aparece o
comerciante, amarrado com as mãos para trás seguido por outro bandido, também
com uma arma de fogo.
“Com
as imagens, nós conseguimos prender inicialmente o ‘jacaré’. Ele confessou a
participação. Entregou os outros envolvidos que invadiram a casa e disse o nome
de quem tinha mandado matar o ‘novinho’. Ele contou tudo. Desde o momento da
negociação com o ‘Antônio mijado’ até o momento em que mataram o comerciante”,
disse na época o delegado Henry Fábio.
Ele acrescentou que “os
próprios familiares da vítima afirmaram que havia uma rixa entre ‘Antônio
mijado’ e ‘novinho’. Isto foi o motivo para esse crime covarde.”
O
DETALHE
Os investigadores criminais e os
delegados acharam muito estranho o fato de os ladrões não terem levado o
relógio que o comerciante estava usando.
Essa foi uma pista a mais para derrubar
a tese de que ‘novinho’ havia sido vítima “apenas” de assalto, embora os
ladrões tenham roubado celulares e uma pequena quantia em dinheiro.
(Por www.renatodiniz.com)
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