(Atualizado)
Uma criança de seis anos morreu após um
enorme galho de uma algaroba cair por cima dela na Praça Joana D’Arc na Rua
Marinheira Agra, no Bairro José Pinheiro, em Campina Grande.
O acidente aconteceu por volta das 21h30
desta quarta-feira (10/05).
Uma guarnição da PM passava no local e
foi abordada por uma mãe com um menino desacordado.
Bastante desesperada ela narrou que um
galho de árvore havia despencado sobre ele.
Um adolescente contou que o menino estava
sentado no banco quando o galho despescou sobre ele.
O garoto ficou preso, mas foi retirado
com vida pelo adolescente.
A polícia solicitou o apoio do SAMU,
porém em virtude da demora, a guarnição do Capitão Edmílson e Sargento Cleodon
não teve alternativa a não realizar o socorro até o Hospital de Trauma.
Raif Correia Graciano recebeu atendimento, mas não resistiu aos ferimentos.
Este adolescente estava no local e foi
quem retirou a criança.
Raif morava com a mãe e mais dois irmãos
menores numa casa em um Beco da Rua Amaro Coutinho, também no José Pinheiro.
Ele estudava na escola Municipal
Nenzinha Cunha Lima.
Hoje (quinta, 11) as aulas foram
suspensas.
Representantes da secretaria municipal
de educação e a diretora da escola visitaram a família para prestar
solidariedade.
Nesta manhã funcionários da secretaria
de serviços urbanos e meio ambiente da prefeitura de Campina Grande estivaram na
praça para cortar o galho e retirá-lo do local.
Moradoras das imediações disseram que a
qualquer momento ela despencaria, “todo mundo via que a galha ia cair de todo
jeito”.
Moradores também disseram que a SESUMA
foi informada na manhã da quarta-feira sobre a situação da árvore na Praça.
POSIÇÃO
DA SECRETARIA
Em entrevista ao Jornalista Ubiratan
Cirne/Rádio Caturité, o secretário Geraldo Nobre Cavalcante, da SESUMA, foi
enfático ao dizer que “a prefeitura não tem nenhuma responsabilidade
sobre o caso. Isso acontece em qualquer cidade do mundo. Vocês viram as últimas
reportagens mostram que no Rio de Janeiro que caíram mais de 30 árvores. Aqui
nós temos um problema com esta árvore chamada algaroba. Ela não tem estrutura
de sustentabilidade e as raízes delas são rasas. Então qualquer vento forte
está sujeito a acontecer este problema. Neste mesmo dia que ocorreu este fato
no José Pinheiro, nós estávamos fazendo uma ocorrência no Alto Branco de outra
árvore que tinha caído, para posteriormente a gente se deslocar até a Praça
Joana D’Arc. Então o que é que eu tenho a dizer: Nós estamos muito, muito
tristes, a secretaria, o prefeito. É lamentável um fato desta natureza e a
gente pede até as mães para terem mais cuidado com seus filhos... Mas foi uma
fatalidade, estamos chocados com o acontecimento... Estamos solidários com a
família”.
O secretário acrescentou que “este
ano a SESUMA foi notificada pelo ministério público por causa da retirada de
uma algaroba do Distrito dos Mecânicos que estava oferecendo risco de desabar sobre
as pessoas. A árvore é ruim até para se fazer a poda...Vou ter que fazer um relatório
para explicar os motivos da retirada da árvore... Gostaria muito que o
ministério público me autorizasse a retirar todas as algarobas da cidade para substituí-las
por uma espécie que tenha mais sustentabilidade...Vamos voltar a conversar com
o ministério público para ver a possibilidade de erradicar esta espécie.”
PREFEITURA
EMITE NOTA DE ESCLARECIMENTO
De maneira objetiva, informa o seguinte:
“Esse
tipo de acidente, infelizmente, pode ocorrer em qualquer município do Brasil,
levando-se em consta as circunstâncias que colaboraram para a fatalidade. Com o
registro de intempéries, nos últimos dias na cidade, árvores antigas apresentam
eventualmente algum tipo de fragilidade em suas estruturas orgânicas.
No
caso em questão, a árvore da espécie algaroba, já vinha sendo monitorada pela
Secretaria de Meio Ambiente e Serviços Urbanos (Sesuma), com recomendação
técnica da equipe pela remoção dela do local, mas o Ministério Público Estadual
tem-se mostrado irredutivelmente contrário à medida.
A
Prefeitura de Campina Grande, ao mesmo tempo em que tenta negociar uma solução
junto ao MPE para atuar de forma radical naqueles casos que representam algum
tipo de perigo à população, recomenda à comunidade que tente evitar,
principalmente em dias de chuvas e de fortes ventos, a proximidade de árvores,
principalmente aquelas que foram plantadas há décadas”.
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