A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB)
entregou na tarde desta quinta-feira (25/05) à Câmara dos Deputados o pedido de
impeachment do presidente Michel Temer.
A entidade também pediu que Temer fique
inabilitado de exercer cargo público por oito anos.
A entidade usa como base a delação
premiada de executivos da J&F para argumentar que o presidente cometeu
crime de responsabilidade e violou o decoro do cargo de presidente.
Com base no que foi informado, o
ministro Luiz Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal,
autorizou a abertura de inquérito para investigar Temer.
"O pedido da OAB leva em
consideração as manifestações do presidente da República, que em dois momentos,
em rede nacional de televisão, declara textualmente conhecimento com relação a
todos os fatos. O presidente declara que escutou desse empresário, que ele
nominou como fanfarrão e delinquente, todos aqueles crimes e nada fez com
relação ao que escutou", disse o presidente da OAB, Claudio
Lamachia, ao chegar à Câmara.
Antes de protocolar o pedido, Lamachia
acrescentou que a entidade também pediu o impeachment de Dilma Rousseff, "o que
demonstra que a OAB é uma instituição absolutamente e apartidária."
"Há menos de um ano,
lamentavelmente, fomos nós da OAB, fui compelido a apresentar o pedido de
impeachment da então presidente da República Dilma Rousseff. A OAB cumpre o seu
papel, apresenta dois impeachments de dois presidentes da República, processos
de impeachment diametralmente opostos no que diz respeito à questão das
ideologias partidárias, o que demonstra que a OAB é uma instituição
absolutamente independente e apartidária", declarou.
FORÇAS ARMADAS DEIXAM A ESPLANADA
O Ministério da Defesa informou que,
logo após a revogação do decreto que autorizou o uso das Forças Armadas para
segurança na Esplanada dos Ministérios, os militares começaram a deixar o
local.
Às 12h00, os homens do Exército não eram
mais vistos na área.
A via que dá acesso ao Congresso
continua interditada e apenas servidores estão liberados para passar pela
barreira.
Segundo alguns militares que estavam na
via N2, atrás do Palácio do Planalto, às 13h30 um grupo permaneceria no local
para fazer a segurança do palácio até as 9h00 de sexta-feira (26).
Nesta quarta, após a ocupação da
Esplanada dos Ministérios por milhares de manifestantes que pediram a saída do
presidente Michel Temer, o governo federal autorizou a presença das Forças
Armadas para proteção dos ministérios e do patrimônio público do local.
Segundo a nota emitida pela Secretaria
de Comunicação da Presidência da República, “restabelecendo-se a ordem, o
documento será revogado”.
Temer reuniu na manhã desta quinta-feira
(25), no Palácio do Planalto, ministros de seu núcleo político para discutir a
eventual saída dos militares de Brasília.
Às 10h44, o presidente revogou por meio
de uma edição extraordinária do "Diário Oficial da União", o decreto
que autorizou o uso de tropas das Forças Armadas na Esplanada dos Ministérios.
(G1 DF)
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