A ação integrada das polícias civil (10ª
e 12ªDSPC) e militar (10ºBPM) que cumpriu na manhã desta quarta-feira (17/05) Mandados
de Prisão Preventiva e de Busca e Apreensão, com o objetivo de desarticular uma
organização criminosa responsável pela prática de tráfico de drogas, crimes
patrimoniais e homicídios na região do Agreste/Cariri paraibano, foi mais além:
desarticulou um esquema de compra de votos em Soledade que se não conseguiu
eleger algum político, chegou bem perto.
A organização criminosa desmontada pela
polícia impressionava: roubava, furtava, traficava, assassinava e movimentava
muito dinheiro.
Tudo em grande escala.
A organização se sentia influente.
O bando arregimenta pessoas (“soldados”)
e criava uma espécie de “quadrilha organizada acima da lei e da ordem”.
Todos viam, ouviam, sabiam, mas
silenciavam diante do perigo constante de, se abrir a boca para contestar ou
enfrentar, pagariam com a vida.
Durante três meses tanto a polícia
civil, quanto a polícia militar, com apoio do sistema prisional, trabalharam
juntos.
E juntando “peças” e montando um quebra-cabeças
que parecia sem solução, chegaram a desmantelar um esquema que estava sufocando
Soledade.
As investigações identificaram que o
preso André da Silva Lima, que cumpre pena no PB1 em João Pessoa, comandava o
grupo do lado de fora que tinha 15 integrantes.
O irmão dele Andrezon da Silva Lima, que
cumpre pena em Patos, também faria parte.
Além deles e mais três pessoas que já se
encontram presos, a polícia prendeu ainda Patrício Roberto Cavalcante, Williams
Rosendo de Macedo e Cristine Maria Marinho.
Ela seria, inclusive, a “gerente da
organização criminosa” e supostamente envolvida na compra de votos.
Eles negaram qualquer tipo de crime ou
acusação.
A
OPERAÇÃO
O comboio das polícias civil e militar
saiu de Campina Grande por volta das 03h00 desta segunda-feira.
Foram cerca de 200 integrantes com
objetivo de cumprir dez Mandados de Prisão e treze de Busca e Apreensão.
O resultado foi positivo: sete presos e
um vasto material apreendido (celulares, cheques, anotações, revólveres,
munições, maconha, cocaína e um Honda Civic).
O
QUE DISSE O DELEGADO HENRY FÁBIO, Delegado titular da 12ªDSPC
“Era uma questão de articulação, tempo e
detalhes para colocarmos as mãos no grupo que se achava dono da região entre
Soledade e Juazeirinho. Fomos cautelosos e precisos. Agimos em conjunto com objetivo
de extirpar da sociedade um bando que sufocava o cidadão de bem”.
O
QUE DISSE O DELEGADO RAMIREZ SÃO PEDRO, da Delegacia de Repressão a
Entorpecentes.
“A droga aprendida em Soledade era distribuída
também em Campina Grande. havia também uma intensa comercialização de armas e
munições. O grupo se capitalizava (arrecadava) com crimes patrimoniais, roubos
a estabelecimentos comerciais e roubos de veículos em toda região do Cariri”.
O
QUE DISSE O DELEGADO LAMARTINE LACERDA, titular de Soledade
“Nosso apoio para essa operação foi tentar instrumentalizar
como funcionava esta organização criminosa que tinha um ‘mote eleitoral’, ou
seja: tinha uma forte participação de toda sociedade lá de Soledade, com
envolvimento de pessoas de nível social destacado que acabavam apanhando todo o
Bairro Alto São José arregimento cidadãos de bens que eram compelidos a participar
e integrar esta organização criminosa contribuindo de diversas formas para as
ações delitivas”.
Sobre Cristiane Marinho, o delegado
Lamartine Lacerda afirmou que “a gerência financeira da organização
supostamente cabia a ela, no que ficou comprovado através de um documento
apreendido, onde ela declara que ouve a participação dela diretamente com o
líder da organização na compra de votos no último pleito eleitoral”.
O
QUE DISSE O CAPITÃO SAMARONI, 10ºBPM
“Colocamos os nossos policiais à disposição
da operação. Tínhamos conhecimento do “terreno” e agimos de maneira cautelosa
para que o resultado fosse positivo. A PM foi precisa e parceira numa ação que certamente
alivia a cidade e a região”.
O
QUE DISSE O MAJOR PABLO CUNHA, Comandante do 10ºBPM
“A quadrilha era bastante perigosa e
violenta. Cobrava com a morte as dívidas do tráfico (e de seus desafetos). Ela tinha ramificações em outros estados.
Agia tanto aqui, quanto no Rio Grande do Norte, por exemplo”.
O
QUE DISSE O DELEGADO LUCIANO SOARES, Superintendente da 2ªSRPC
“Durante
estas investigações, o que se percebeu foi um ambiente de medo que estava
tomando conta de diversos bairros da cidade (de Soledade). A media em que os homicídios
estavam acontecendo, as pessoas daquela comunidade passaram a sentir
intimidadas em denunciar. Então graças as investigações que foram iniciadas a
partir do disque denúncia, possibilitou-se então este resultado. Esperamos que
a partir de agora a população se encoraje para denunciar outros envolvidos”.
(Por
www.renatodiniz.com tendo como base
entrevistas e informações dos policiais diretamente envolvidos na operação que
foram veiculadas na TV Borborema)
CARAMBA !!!! SERÁ QUE ESTA SOLEDADE É A MESMA SOLEDADE TRANQUILA E COM SOLEDADENSES SUPER LEGAIS QUE CONHECI A ALGUNS ANOS ATRÁS ? É A MESMA SOLEDADE ?
ResponderExcluirSOLEDADE JÁ FOI TRANQUILA HOJE NÃO E MAS NÃO
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