Antônio Arlindo Silva, o “Antônio
mijado”, de 57 anos, e Diego Idelfonso do Nascimento, de 21 anos, o
"jacaré", foram condenados a mais de 20 anos de cadeia, cada um, pela
morte do comerciante Cícero Martins de Sousa, conhecido como “novinho”.
O caso aconteceu em setembro de 2015 em Alagoa Nova.
A vítima foi sequestrada e assassinada.
Em júri bastante prolongado ocorrido no Fórum de Alagoa Nova, nesta quarta-feira (28/06), eles foram considerados respectivamente, mandante e executor do crime.
“Antônio mijado” foi condenado a uma pena de 23 anos de reclusão e “jacaré” a uma pena de 21 que serão cumpridas inicialmente em regime fechado.O caso aconteceu em setembro de 2015 em Alagoa Nova.
A vítima foi sequestrada e assassinada.
O júri foi presidido pelo juiz Eronildo
José Pereira.
O ministério público foi representado
pelo promotor Túlio César, com assistência do advogado Paulo de Tarso e na
defesa atuaram os advogados Félix Araújo e Gildásio Alcântara e Adek Dantas.
O julgamento já tinha sido adiado três
vezes.
O
CASO
O crime comoveu as cidades de Matinhas e Alagoa Nova.
Antônio Arlindo Silva, então com de 55 anos, de acordo com as investigações da
12ªDSPC, foi o mandante do assassinato.
A vítima Cícero, então com 39 anos, foi
encontrado morto por volta das 07h00 do
dia 14 de setembro dentro do carro dele
em um canavial do sítio “Buraco D’água”, em Alagoa Nova.
O
SEQUESTRO
Na noite de 13 de setembro, por volta
das 22h00, o comerciante foi assaltado e sequestrado por quatro homens no sítio
“Juá”, em Matinhas, na região de Campina Grande.
Ele estava em casa com a família e na
presença dos filhos, os assaltantes colocaram a vítima no “capô” da “picape” e
saíram em alta velocidade.
Um dos bandidos usava um capuz.
Onde o comerciante foi encontrado fica
distante 25 km do local do sequestro.
O
ENCONTRO DO CORPO
Cícero foi encontrado dentro do carro
dele, uma caminhonete S10.
Ele estava no banco do carona e foi
assassinado com um tiro no pescoço e outro na cabeça.
Trabalhadores que passavam na estrada
observaram uma caminhonete de cor prata parada no meio do canavial e um homem
na cabine.
Quando se aproximaram viram que ele
estava morto.
Chaves de dois veículos foram deixadas
no carro.
A vítima teve as mãos amarradas com
punhos de rede.
As marcas ficaram nos pulsos dele.
Ele estava sem os sapatos.
A
ELUCIDAÇÃO
Em menos de 12 horas, no dia 14 de
setembro, policiais civis desvendaram o caso e prenderam inicialmente um dos
executores, Diego Idelfonso do Nascimento, então com 19 anos, o
"jacaré".
Ele confessou o crime aos investigadores
criminais e para os delegados Henry Fábio, Cláudio Manoel, além de Jorge Luís.
“Jacaré” não só confessou como também
entregou o mandante e os outros dois comparsas que participaram da execução.
Ele disse que o mandante foi Antônio
Arlindo Silva, “Antônio mijado”, de 53 anos, que era vizinho da vítima.
Os comparsas da execução foram o Antônio
(Paulo) Apolinário, morto em dezembro de 2015, durante confronto com a PC, e
Adailton Lúcio da Costa, conhecido como “bacurim”, que também tombou em
confronto com a PC, em fevereiro de 2016.
O
MOTIVO DA MORTE
“Jacaré” disse que “mijado” tinha uma
rixa com “novinho” e pagou para que o comerciante fosse executado.
O valor foi de “2.000,00 reais”, porém o
valor não foi confirmado pela PC.
A confusão entre vítima e mandante foi
em 2014.
COMO
A PC DESCOBRIU O CRIME
Uma Câmera de segurança instalada na
mercearia do comerciante ajudou a polícia a desvendar todo mistério
As imagens mostraram um dos acusados
dentro do estabelecimento, com um revólver e minutos depois aparece o
comerciante, amarrado com as mãos para trás seguido por outro bandido, também
com uma arma de fogo.
“Com as imagens, nós conseguimos prender
inicialmente o ‘jacaré’. Ele confessou a participação. Entregou os outros
envolvidos que invadiram a casa e disse o nome de quem tinha mandado matar o
‘novinho’. Ele contou tudo. Desde o momento da negociação com o ‘Antônio
mijado’ até o momento em que mataram o comerciante”, disse na época o
delegado Henry Fábio.
Ele acrescentou que “os
próprios familiares da vítima afirmaram que havia uma rixa entre ‘Antônio
mijado’ e ‘novinho’. Isto foi o motivo para esse crime covarde.”
O
DETALHE
Os investigadores criminais e os
delegados acharam muito estranho o fato de os ladrões não terem levado o
relógio que o comerciante estava usando.
Essa foi uma pista a mais para derrubar
a tese de que ‘novinho’ havia sido vítima “apenas” de assalto, embora os
ladrões tenham roubado celulares e uma pequena quantia em dinheiro.
(Por www.renatodiniz.com)
(Por www.renatodiniz.com)
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