O comandante do Comando de Policiamento
Regional (CPR1), coronel Almeida Martins, afirmou que a nova estrutura do
Parque do Povo oferece riscos à população, em caso de uma superlotação, por
conta de uma ausência de catracas no local.
Em entrevista nesta sexta-feira (02/06)
o coronel ponderou que foi solicitada a implantação de catracas no local da
festa, através de um documento público encaminhado ao Ministério Público, mas
que até o presente momento o pedido não foi atendido.
Ele destacou que em caso de uma grande
turbulência no evento, que tem a abertura nesta sexta-feira, haverá
possibilidade de mortes.
As catracas solicitadas são na parte
superior, onde ficam os camarotes e o palco principal.
“O Parque do Povo hoje é uma ilha fechada.
Como é que eu posso calcular a quantidade de pessoas a olho nu em um ambiente
demasiadamente fechado. Lá existe uma placa de que a quantidade de pessoas de
21.177 pessoas e se der um problema lá hoje à noite a culpa vai ser da Polícia
Militar. Quero que a população de Campina saiba que enquanto os artistas estão
tocando, a Polícia Militar está preocupada com a quantidade de pessoas. E se
tiver lá hoje à noite 50 mil pessoas num espaço que só cabe 15 mil? A
responsabilidade será de quem? Precisamos compartilhar essa informação, para
que a empresa que ganhou a licitação seja responsável e ainda dá tempo de
colocar essas catracas hoje. Se houver uma turbulência de cunho macro vai
morrer gente pisoteada, e vai dar trabalho para a PM e o Corpo de Bombeiros.
Nós mandamos para o Ministério Público essa demanda”, pontuou.
A autoridade policial ainda frisou que
há outros problemas dentro do Parque do Povo, como a montagem de umas tendas
com gradis para proteger os freezeres que vão distribuir as bebidas da festa.
Ele ponderou que em uma possível briga,
as pessoas podem quebrar esses gradis e usar como armas.
O coronel explanou que a polícia vai
monitorar com câmeras, com seis plataformas dentro do Parque do Povo, e outras
formas de policiamento, mas que um detalhe, como o das catracas, pode acabar
com um trabalho que poderia ser 100%.
As declarações repercutiram na Rádio
Correio FM, nesta sexta-feira.
PREFEITO
ROMERO CRITICA ALERTA DA PM
O prefeito de Campina Grande, Romero
Rodrigues, criticou as declarações do comandante do Comando de Policiamento
Regional (CPR1), coronel Almeida Martins, em relação à falta de catracas na
parte superior do Parque do Povo, onde ficam os camarotes e o palco principal.
Romero destacou que o modelo que está
sendo empreendido no Parque do Povo acontece desde a época da ex-prefeita
Cozete Barbosa, e que o coronel está desatualizado sobre o evento.
O gestor frisou que a diferença feita
este ano é que a Rua Sebastião Donato foi deixada livre e houve um recuo na
proteção lateral no entorno do Parque do Povo.
O tucano indagou ainda se a solicitação
feita pela Polícia Militar não seria uma medida do Governo do Estado para
desestabilizar a festa, já que não houve nenhum tipo de incentivo por parte do
governador Ricardo Coutinho.
“Convido a todos para visitar o Parque do
Povo. Ele está muito mais amplo, pois aquelas barracas que haviam no espaço
central foram retiradas. Ficou uma arena muito maior tanto na parte superior,
quanto inferior. Este ano estamos uma maior facilidade de acesso, o que também vai
permitir uma maior fiscalização. Em relação ao público, 21 mil pessoas nunca
foi o espaço do Parque do Povo. Só na parte superior a previsão é de 50 mil
pessoas e com a mudança de local dos camarotes, ampliou o espaço para mais 10
mil. Essas catracas que foram sugeridas iriam atrapalhar mais do que ajudar. A
Polícia pode fazer uma contabilização por projeção, como faz em grandes
eventos. A festa está bem estruturada e está muito melhor […] Precisamos sim da
presença importante da Polícia dentro do evento, pois inibe muita coisa. Não
sei se essa solicitação foi orientação do Governo do Estado para
desestabilizar, para criar uma insegurança na realização do evento. Não sei se
veio com esse recado. Se fazia uma reunião dessas (se referindo a reunião da
cúpula de segurança), em anos anteriores, com pelo menos trinta dias antes da
festa para se ter tempo hábil para qualquer solicitação. Não agora, chegando no
dia anterior e dar uma recomendação, que parece de caso pensado para
desestabilizar o evento”, comentou.
As declarações repercutiram na Rádio
Correio FM, nesta sexta-feira.
(Do Paraíba online)
(Do Paraíba online)
(Foto: Demétrio Costa e Emanuel Tadeu/Top
Midia Comunicação)
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.