Ministros do PSDB estiveram na manhã
deste domingo (04/06) com o presidente Michel Temer, no Palácio do Jaburu, para
garantir ao peemedebista que o partido, por ora, vai continuar na base aliada.
A permanência do PSDB no governo dá uma
sobrevida a Temer, que enfrenta nesta semana o início do julgamento no Tribunal
Superior Eleitoral (TSE) que pode levar à cassação do seu mandato.
A decisão dos tucanos é vista como um
referencial para os demais partidos da base, que poderiam acompanhar a
debandada.
Participaram do encontro Antonio
Imbassahy (Secretaria de Governo), Aloysio Nunes (Relações Exteriores) e Bruno
Araújo (Cidades), que chegou a ameaçar entregar o cargo no dia em que a delação
dos empresários do grupo J&F veio a público.
Segundo um dos ministros, a reunião da
Executiva do partido vai ser na quinta-feira, mas terá como objetivo fazer uma
"análise de conjuntura" e não decidir se o PSDB vai deixar o governo.
Na semana passada, o presidente nacional
do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE), havia anunciado que a cúpula da legenda
iria se reunir na terça-feira para definir uma posição em relação ao governo.
O encontro aconteceria no mesmo dia em
que TSE daria início ao julgamento da chapa Dilma Rousseff-Temer.
Desde a abertura do inquérito para
investigar Temer, a ala mais jovem do PSDB vem pressionando o partido a deixar
a base.
Na Câmara, a bancada, com 46 deputados,
está rachada. Uma eventual saída do partido da base, no entanto, depende do
aval da Executiva.
(Isadora Peron, O Estado de S.Paulo)
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