A Associação dos Policiais Civis de
Carreira da Paraíba - ASPOL/PB realizará, nesta quarta-feira (05/07), um
protesto contra os casos de assédio moral e transferências não fundamentadas
que estão acontecendo com os investigadores criminais no Sertão do Estado.
O
ato acontece às 09h00 em frente à Delegacia de Pombal.
Para a presidente da ASPOL/PB, Suana
Melo, os atos podem configurar perseguição de servidores e prática de assédio
moral.
“Esses casos aconteceram depois que a Associação constatou a ausência de
delegado plantonista na cidade de Pombal, assim como encaminhou à Delegacia
Geral de Polícia Civil denúncias sobre a atuação de ‘araque de polícia’ na
região de Sousa e uso de viaturas para uso particular entre os estados da
Paraíba e Pernambuco”, disse a presidente.
A Portaria nº 319 da Delegacia Geral da
Polícia Civil, datada de 26 de junho, pode se configurar como mais um aspecto
que contribui para a prática de assédio moral nas unidades de Polícia Civil da
Paraíba, tantas vezes denunciada pela ASPOL.
“São transferências de quatro integrantes de
uma mesma equipe de investigadores, realizadas sem qualquer explicação ou
justificativa plausível, que consideramos retaliação e um claro desrespeito a
nossa Lei Orgânica. Ainda há o agravante de que dois desses servidores estão em
gozo de férias”, completou Suana.
DENÚNCIA
SOBRE AUSÊNCIA DE DELEGADO
A presidente disse que nos dias 11 e 12 de maio
deste ano a ASPOL/PB realizou visitas a unidades policiais no Sertão do Estado
e, especificamente, na Delegacia de Pombal constatou a ausência de autoridade
policial para a confecção de procedimento de flagrante, após prisões efetuadas
pelos investigadores na cidade.
“Na delegacia havia dois presos em flagrante
no xadrez, que à época se encontrava em situação precária de funcionamento. A
autoridade policial escalada para o plantão não estava presente, e isso era
sabido pelo também delegado e gestor da seccional de Sousa, que também não
estava na região. Somente após comunicação do abandono da unidade policial ao
delegado geral, João Alves de Albuquerque, o delegado seccional por telefone,
determinou que outra autoridade policial se deslocasse à cidade de Pombal para
confecção dos flagrantes”, explicou a presidente.
COINCIDÊNCIA
OU ASSÉDIO?
Segundo denúncia, após a visita da
ASPOL, foram realizadas diversas reuniões com a equipe de
investigadores, onde era questionado qual dos policiais havia denunciado a
ausência de delegados no plantão à Associação.
“Será uma mera coincidência a transferência
dos servidores que estavam nos dias em que a ASPOL verificou tais problemas?
Esse tipo de postura não é profissional. Inquirir os policiais dessa forma, inclusive
prejudicando-os financeiramente e desestabilizando a vida emocional e
profissional, mostra que tipo de gestão os policiais civis estão enfrentando. A
ASPOL/PB reafirma, não houve denúncia, mas sim uma visita de rotina”,
ressaltou Suana.
“O gestor está mais preocupado em saber quem
apontou suas falhas do que em resolvê-las. Essas transferências contrariam os
relevantes trabalhos executados pelos investigadores na cidade de Pombal e
cidades circunvizinhas”, completou o vice-presidente Valdeci Feliciano,
que destaca que outras denúncias podem ser realizadas através da ouvidoria no
site da Aspol.
NOVA
PORTARIA, FRÁGEIS ARGUMENTOS
Na tarde da última sexta-feira (30), a
Delegacia Geral de Polícia Civil publicou uma nova portaria “POR INCORREÇÃO”, tratando mais uma vez
da transferência de servidores, na qual elenca as considerações para o ato.
“Segundo o documento, as transferências foram
solicitadas via ofício pelo gestor da região. Para a retirada injustificada dos
policiais de sua unidade foram levados em consideração aspectos subjetivos e
contraditórios, como ‘incompatibilidade de comportamento’, ou mesmo
'necessidade de redução dos indicadores de violência'. Mas por incrível que
pareça, um dos servidores foi retirado da região de Sousa, que apresenta números
preocupantes de homicídios e de roubos, para ser colocado em Princesa Isabel,
que tem índices com padrão internacional”, questionou a presidente
Suana.
A diretoria da ASPOL ainda comunica que
a Assessoria Jurídica da ASPOL está agindo para reverter esses atos.
“Atitudes parciais, protecionistas e
corporativistas, no mau sentido, só prejudicam a imagem da Polícia Civil, que
deveria valorizar a meritocracia e os resultados obtidos por aqueles que
executam as atividades de investigação para o bem da sociedade e repressão
qualificada da violência”, finalizou
(ASSESSORIA)
E TODOS SABEM QUEM IRÁ RESOLVER ISTO : NINGUÉM !!!!!
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