A escalada dos homicídios no Brasil, que
subiram 6,8% no primeiro semestre deste ano em relação ao mesmo período em
2015, reflete a grave crise de segurança pública pela qual passam alguns dos
principais centros urbanos do País.
Com 2.976 crimes contra a vida no
primeiro semestre, o Rio de Janeiro vive a crise com maior destaque no País
atualmente.
Se não é o maior aumento (14,2%) entre
os Estados, a violência no Estado assume contornos de guerra com recorrentes
mortes por balas perdidas, uso de fuzis, execuções de policiais e execuções por
policiais.
A situação levou o governo federal a
desenvolver um plano específico para a capital fluminense, deslocando 8,5 mil
agentes das Forças Armadas.
Em nota, o secretário de Segurança, Roberto Sá,
disse reiterar a “importância da mudança das leis criminais para reverter o
quadro de banalização do crime”.
No Rio Grande do Norte, nem o reforço de
23 agentes da Força Nacional para a Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa
da Polícia Civil potiguar conseguiu representar um avanço efetivo no combate ao
alto número de homicídios no Estado: 1.466 assassinatos do começo do ano até o
início de agosto, ante 1.181 no mesmo período do ano passado.
Quase 1,5 mil
inquéritos tramitam atualmente na Divisão.
O Rio Grande do Norte assistiu no começo
do ano a um massacre na Penitenciária Estadual de Alcaçuz, onde 26 detentos
morreram.
Era o estopim de um conflito que se desenhava desde 2016 entre
integrantes do PCC e do Sindicato do Crime, facção local.
A disputa é apontada
como um dos fatores para a manutenção do clima de violência no Estado.
O
governo do Estado afirmou estar investindo cerca de "77 milhões de reais" em ações na
área da segurança.
Já o Espírito Santo desenvolvia com
relativo sucesso uma política que conseguia reduzir as taxas de homicídio,
tirando o Estado da lista dos mais violentos, onde figurou por anos.
A paralisação
dos serviços da Polícia Militar em fevereiro, no entanto, afetou a política e
reverteu o quadro: de 759 casos em oito meses, passou para 948 no mesmo período
deste ano.
“O resultado do ano está comprometido
por fevereiro. Mas estamos trabalhando para tentar minimizar as consequências
da paralisação e chegar a um resultado positivo em breve”, disse o secretário
de Segurança, André Garcia.
Já o Ceará teve um dos maiores aumentos
semestrais do País, que é explicado, em parte, pelas brigas entre facções por
território de venda de drogas.
“Precisamos combater isso com políticas públicas
de educação”, disse a presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara
Municipal de Fortaleza, vereadora Larissa Gaspar (PPL).
Para ela a defesa da
vida tem de ser levada em conta pela Segurança Pública com “adoção de geração
de emprego e renda”.
O secretário de segurança, André Costa,
diz que os índices são altos e preocupam.
“Estamos em alerta, mas estimulados e
trabalhando muito para melhorar e reduzir o número de vítimas da violência”,
diz, lembrando que mais 1.400 candidatos do último concurso da Polícia Militar
foram chamados no começo do mês e outros 2.800 já estão em treinamento.
SÃO PAULO
Não é sempre que se vê São
Paulo aparecer na lista dos que aumentaram os crimes contra a vida.
O Estado
viu os homicídios dolosos reduzirem aos patamares mais baixos desde que começou
a registrar esse tipo de estatística.
Uma particularidade, no entanto, ajuda a
explicar a elevação nas cidades paulistas no primeiro semestre deste ano: os
latrocínios.
Os roubos seguidos de morte, na
contramão dos homicídios, estão no nível mais elevado desde 2003, fazendo o
Estado chegar no primeiro semestre a 1.998 vítimas, ante 1.947 no mesmo período
do ano passado – um aumento de 2,62%.
A Secretaria da Segurança informou ao
Estado que realiza operações para combater crimes contra o patrimônio, “que são
aqueles que originam as ocorrências de latrocínio”.
“São Paulo tem a menor taxa
de homicídios do Brasil. As políticas públicas de combate aos crimes contra a
vida permitiram que o Estado atingisse o índice de 7,86 casos por 100 mil
habitantes”.
(Marco Antônio Carvalho, Lauriberto
Pompeu e Ricardo Araújo, O Estado de S. Paulo)
FÁCIL DE RESOLVER ISSO,PESQUISEM NO GOOGLE SOBRE " ASSEPSIA CINGAPURA ".
ResponderExcluirE quem seria o Militar Lee Kuan Yew daqui? O Bosonaro?
ResponderExcluirPODERIA SER QUALQUER,DESDE QUE FOSSE MILITAR E COM CORAGEM SUFICIENTE PRA FAZER...MAS ISSO ESTÁ MUITO DISTANTE DA NOSSA REALIDADE INFELIZMENTE...
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